As declarações de Netanyahu às vésperas das eleições de 17 de março, opondo-se à criação de um Estado Palestino, irritaram a Casa Branca, que reivindicou sua aposta na solução de dois Estados para o conflito.
O líder israelense tentou se retratar posteriormente, dizendo que ainda não estão dadas as condições para dois Estados, mas o gabinete de Obama anunciou sua intenção de reavaliar sua postura a respeito Israel perante a ONU, onde o apoio dos Estados Unidos é crucial.
"Tenho muito boas relações de trabalho com o primeiro-ministro", disse Obama a jornalistas, durante coletiva de imprensa conjunta com o colega afegão, Ashraf Ghani.
"Ele está representando os interesses de seu país da forma como acredita que deve fazê-lo e eu estou fazendo o mesmo. Por isso, não se trata de um assunto de relações entre dirigentes", afirmou.
"Trata-se de um desafio muito claro e significativo. Nós acreditamos que a solução de dois Estados é a melhor solução para a segurança de Israel, as aspirações dos palestinos e a estabilidade reigonal", acrescentou.
"É nosso ponto de vista e continuará sendo. E o primeiro-ministro tem outra visão", afirmou.
"Trata-se de encontrar a forma de resolver um problema político espinhoso com consequências cruciais para os dois países e toda a região", declarou o presidente durante a coletiva.