postado em 25/03/2015 19:00
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, encarregou oficialmente hoje (25) Benjamin Netanyahu de formar seu quarto governo, num contexto complicado pelo arrefecimento das relações com a Casa Branca. ;Decidi confiar-lhe o papel de formar o governo;, disse Rivlin a Netanyahu, em cerimônia transmitida ao vivo pelas principais estações de rádio e televisão israelenses.Netanyahu, 65 anos, no poder desde 2009, após um primeiro mandato entre 1996 e 1999, tem agora 28 dias, prorrogáveis por mais 14, para formar sua nova equipe. Depois de nomeado pelo chefe de Estado, o novo primeiro-ministro disse que estenderá a mão aos palestinos, mas retierou a necessidade de um Israel forte.
;Nossa mão está estendida em sinal de paz aos vizinhos palestinos. O povo de Israel sabe que a verdadeira paz e nosso futuro só estarão assegurados se Israel for forte;, acrescentou Netanyahu.
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O primeiro-ministro informou que continuará agindo para deter o acordo internacional sobre o avanço nuclear iraniano. ;Preservaremos nossa aliança com o melhor dos nossos amigos, os Estados Unidos, mas continuaremos a agir para pôr fim ao acordo com o Irã, que para nós é uma ameaça;, esclareceu.
A expectativa é que o novo governo de Israel seja ainda mais à direita que o atual, apesar de as especulações sobre uma unidade nacional, incluindo trabalhistas, não estarem totalmente engotadas.
Benjamin Netanyahu terá de conciliar as exigências dos membros do seu partido, o Likud, dos dois partidos nacionalistas (Casa Judaica e Israel Beitenu), de duas formações ultraortodoxas (Shass e Lista Unificada da Tora) e do partido de centro-direita Kulanu.
O líder do Likud e seu governo deverão assumir as consequências de uma campanha que dividiu os israelenses e arrefeceu as relações com o grande aliado norte-americano.
A direção da Autoridade Palestina pretende apresentar ao Tribunal Penal Internacional, em 1; de abril, as primeiras queixas por crimes de guerra contra dirigentes israelenses.
Desde sua vitória, Netanyahu enfrenta os efeitos das promessas feitas durante a campanha eleitoral para reconquistar eleitores de direita.