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Estados Unidos relativiza advertências do Irã sobre acordo nuclear

"Não será um comentário feito por um líder iraniano em particular que porá à prova a conclusão desse acordo-quadro", disse assessor da Casa Branca Ben Rhodes

Agência France-Presse
postado em 10/04/2015 19:51
A Casa Branca relativizou nesta sexta-feira (10/4) as advertências dos líderes do Irã sobre a possibilidade de não assinar um acordo final sobre seu controverso programa nuclear com as maiores potências caso as sanções contra o país persa não forem suspensas automaticamente.

"Não será um comentário feito por um líder iraniano em particular que porá à prova a conclusão desse acordo-quadro", disse a jornalistas o principal assessor da Casa Branca, Ben Rhodes, na Cúpula das Américas, celebrada no Panamá.

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Rhodes disse a jornalistas que o "exame acontecerá se no final de junho houver um documento que tenha sido acordado" e o mesmo cumprir com "o objetivo central, de impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear".

Na quinta-feira o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, assegurou em seu site que o acordo-quadro com as grandes potências não garante a assinatura de um compromisso definitivo.

"O que se fez até agora não garante o acordo em si, nem seu conteúdo, nem sequer que as negociações cheguem ao fim", afirmou o número um iraniano, que tem a última palavra sobre o tema, enquanto o presidente Hassan Rohani disse que não será assinada qualquer acordo caso as sanções econômicas não sejam totalmente suspensas no mesmo dia em que ele entrar em vigor.

Rhodes reiterou que o alívio das sanções seria um processo gradual e que o Irã já havia reagido de modo parecido após um plano de ação conjunta em 2013.

"Passamos por isso antes, em que os iranianos querem dar destaque a certos aspectos para o seu próprio público. Eles têm seus próprios extremistas que são céticos sobre esse acordo", disse.

O Irã e o grupo 5%2b1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -Estados Unidos, Francia, Reino Unido, Rússia e China- mais a Alemanha) concluíram na semana passada na Suíça o acordo-quadro que deve abordar todos os detalhes técnicos e jurídicos até o final de junho.

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