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Partidos islâmicos apresentam lei para proibir o álcool na Indonésia

Consumidores clandestinos podem ser punidos com penas de até dois anos de prisão e os traficantes seriam expostos a até 10 anos de prisão

Jacarta, Indonésia - Os partidos islâmicos indonésios apresentaram uma proposta de lei para a proibição da venda e consumo de álcool, que prevê penas de prisão no caso de desrespeito, anunciaram fontes parlamentares.



O texto que será examinado no Parlamento prevê a proibição da venda, consumo, produção e distribuição de bebidas com mais de 1% de teor alcoólico.

"O consumo de álcool aumenta, em particular entre os jovens, e ameaça seu futuro porque vicia e pode prejudicar a saúde", afirmou o deputado Muhamad Arwani Thomafi, do Partido Unificado do Desenvolvimento, um dos defensores do projeto.

Os consumidores clandestinos podem ser punidos com penas de até dois anos de prisão e os traficantes seriam expostos a até 10 anos de prisão.

As autoridades poderiam emitir autorizações por ocasião de festas religiosas e alguns locais turísticos, como a ilha de Bali, muito frequentada por australianos, ficariam isentos.

Os partidos islâmicos indonésios já tentaram, em vão, proibir a venda e consumo de álcool neste país de maioria muçulmana.

Na quinta-feira entrará em vigor uma norma que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em lojas pequenas, sem afetar supermercados, bares e restaurantes.

A maioria dos 250 milhões de indonésios pratica um islã moderado, sem o consumo de álcool.