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Empresário corta próprio salário para aumentar pagamento de funcionários

Ele decidiu que todos que trabalham em sua companhia vão receber no mínimo US$ 70 mil por ano

postado em 15/04/2015 20:50
Ele decidiu que todos que trabalham em sua companhia vão receber no mínimo US$ 70 mil por ano

O queixo de uma funcionária despencou. As sobrancelhas de outro subiram, enquanto um terceiro colega coçou o pescoço. Quando Dan Price, diretor de uma pequena empresa em Seatle, nos Estados Unidos, comunicou à equipe de 120 funcionários que tiraria dinheiro do próprio salário para estabelecer um pagamento mínimo de US$ 70 mil anuais, as expressões de incredulidade dos funcionários foram inevitáveis. O comunicado, feito na última segunda-feira (13/4), foi publicado no New York Times.

Já pensou ter o seu salário dobrado, do dia para a noite? Foi isso o que surpreendeu ao menos 30 funcionários da Gravity Payments. A empresa trabalha com cartões de créditos, com foco em negócios que querem oferecer essa forma de pagamento para os clientes. Antes da mudança na política salarial da Gravity, a média dos ganhos dos funcionários era de US$ 48 mil anuais. Quando Price leu um artigo sobre felicidade (o texto inspirador sustentava: para pessoas que ganhavam menos de US$ 70 mil, dinheiro extra fazia uma grande diferença), ele resolveu colocar a ideia em prática.

Para oferecer este valor até aos que têm os menores contras-cheque, Price teve que cortar o próprio salário, que chegava quase a US$ 1 milhão para US$ 70 mil por ano (socializando, na prática o pagamento, recebendo o mesmo que os funcionários), e usou quase 80% do lucro previsto para este ano em US$ 2,2 milhões. Com isso, o pagamento de aproximadamente 70 empregados vai aumentar.

A ideia de Dan Price é manter o próprio salário baixo até que a companhia volte a gerar o lucro que tinha antes dele instituir os novos valores. A empresa abriu as portas em 2004, quando Price tinha apenas 19 anos, e atualmente trabalha com mais de 10 mil empresas.

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