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Equador desmonta duas redes de tráfico de pessoas para Brasil e EUA

Em março passado, Equador, Colômbia e Peru desmontaram uma organização internacional de tráfico de mulheres

postado em 17/04/2015 17:30

Quito - O Equador desbaratou duas redes internacionais de tráfico ilegal de estrangeiros para o Brasil e os Estados Unidos, com trânsito em Peru e Colômbia, em duas operações que resultaram na prisão de 32 pessoas de várias nacionalidades, informou a Justiça equatoriana nesta sexta-feira.

As autoridades realizaram nesta quinta-feira uma operação em Quito e Tulcán (respectivamente no norte e na fronteira com a Colômbia), na qual 27 pessoas procedentes da América Latina, do Caribe e do Oriente Médio que pretendiam chegar à América do Norte foram "resgatadas", revelou a promotoria em um comunicado.


"Estas pessoas eram recepcionadas e acolhidas em Quito, permaneciam no Equador de forma ilegal e depois saíam através da ponte Rumichaca (fronteiriça) rumo à Colômbia, sem qualquer tipo de registro, sendo os Estados Unidos seu destino final", acrescentou.

Durante a operação, que deixou 11 detidos, foram feitas 15 batidas nas duas localidades, nas quais foram encontrados os migrantes, que foram levados a um albergue até que se defina sua situação migratória, acrescentou a fonte.

Em outra operação, foram detidas nesta sexta-feira, 21 pessoas de várias nacionalidades sob suspeita de levar caribenhos ao Equador para levá-los ilegalmente ao Brasil e aos Estados Unidos passando pelo Peru, acrescentou.

"Permaneciam no Equador de forma ilegal e depois saíam, através da fronteira sul (com o Peru) para seu destino final", acrescentou a organização em sua conta no Twitter, destacando que os "prejudicados" pagavam entre 1.000 e 1.500 dólares para chegar ao país.

A lei equatoriana condena com penas de 4 a 6 anos o crime de tráfico de pessoas. Em março passado, Equador, Colômbia e Peru desmontaram uma organização internacional de tráfico de mulheres, que incluía adolescentes forçadas a se prostituir em Lima, com a cumplicidade de funcionários que as faziam passar por maiores de idade, segundo autoridades equatorianas.

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