postado em 19/04/2015 08:00
Uma semana após confirmar a pré-candidatura à Casa Branca na eleição de 2016, Hillary Clinton começa a mostrar qual deve ser o tom da campanha. A ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama passou os últimos dias a bordo de uma van para se reunir com eleitores no estado de Iowa, e deve chegar amanhã a New Hampshire. Em meio a pequenos encontros, concebidos para permitir um contato mais próximo com os eleitores, Hillary se apresentou como defensora das ;pessoas do cotidiano; e defendeu ideias mais à esquerda do que o usual em sua trajetória.
Mesmo sem um desafiante nas primárias, as críticas de expoentes da ala progressista do Partido Democrata parecem ter surtido efeito no discurso da favorita. Apesar de sua campanha mobilizar milhares de dólares, ela atacou a influência do capital na política americana e advogou contra o financiamento sem limites para disputas eleitorais ; uma crítica direta à decisão da Suprema Corte que derrubou os tetos para doações de campanha. A ex-secretária de Estado até abordou a questão da desigualdade econômica e questionou os grandes salários dos CEOs.
Os argumentos foram considerados populistas por alguns críticos, mas agradaram aos ouvidos dos que clamam para que Hillary tenha um concorrente mais radical, como a senadora Elizabeth Warren, conhecida pela retórica contra o mercado financeiro. William Resenberg, cientista político da Universidade Drexel, na Pensilvânia, observa que existe uma pressão da ala progressista para ;empurrar Hillary um pouco mais para a esquerda;.
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