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Netanyahu começa quarto mandato enfrentando "herança maldita" de campanha

O apoio à expansão das colônias desgastou a imagem do governo israelense não apenas nos EUA, mas diante de toda a comunidade internacional

postado em 20/04/2015 08:00

O apoio à expansão das colônias desgastou a imagem do governo israelense não apenas nos EUA, mas diante de toda a comunidade internacional

Passadas as eleições parlamentares e concluído o acordo nuclear preliminar entre o Irã e seis potências mundiais ; Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha;, a relação estratégica entre Israel e a Casa Branca ainda enfrenta grandes desafios. Há poucos dias, o governo do primeiro-ministro Benjamin Bibi Netanyahu anunciou o congelamento das construções no assentamento de Har Homa, cuja expansão tinha sido autorizada em 1997, durante seu primeiro mandato. A medida ignora a promessa de campanha do premiê, reeleito em março para chefiar o governo pela quarta vez, de não frear a colonização nos territórios palestinos. Netanyahu não manifestou posição imediata a respeito de Har Homa, mas analistas indicam que a paralisação pode ser uma tentativa de melhorar o diálogo com Barack Obama, estremecido durante a disputa eleitoral.

O apoio à expansão das colônias desgastou a imagem do governo israelense não apenas nos EUA, mas diante de toda a comunidade internacional, que cobra uma resolução ao conflito com os palestinos. Nos últimos anos, o avanço dos assentamentos em território reivindicado por palestinos foi notório. Durante o primeiro mandato de Netanyahu, na segunda metade da década de 1990, a população judaica na Cisjordânia cresceu em média três vezes mais rápido que em Israel. Desde que Bibi voltou ao poder, em 2009, as taxas de crescimento se mantiveram próximas às observadas sob governos menos conservadores ; cerca de duas vezes maiores do que os limites estabelecidos em 1967.

Irã
Na semana passada, após repetidas críticas de Bibi às negociações nucleares com o Irã, o ministro de Inteligência israelense, Yuval Steinitz, um colaborador próximo do premiê, apresentou uma série de demandas para tornar o acordo ;mais razoável;. Entre elas estavam um controle mais estrito das atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio, a redução do número de centrífugas usadas com esse fim e até o reconhecimento de Israel pelo Irã.

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