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Ataque contra ônibus das Nações Unidas na Somália deixa seis mortos

De acordo com uma fonte da polícia, o edifício da sede da ONU no país não foi afetado. O ataque não foi reivindicado até o momento

Agência France-Presse
postado em 20/04/2015 07:35
Explosão matou seis funcionários das Nações Unidas na Somália Mogadíscio, Somália - Pelo menos seis funcionários da ONU na Somália morreram nesta segunda-feira (20/4) em um ataque dos islamitas shebab contra um ônibus da ONU na localidade de Garowe (norte), capital da região semiautônoma de Puntland. Leia mais notícias em Mundo Quatro vítimas trabalhavam para o Unicef, anunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância em um comunicado. Outros quatro funcionários do Unicef ficaram feridos e estão em situação crítica. O chefe de polícia local, Ahmed Abdulahi Samatar, explicou que quatro estrangeiros e dois somalis morreram no ataque e outras sete pessoas, incluindo dois estrangeiros, ficaram feridas. O diretor da missão da ONU na Somália, Nick Kay, condenou o ataque e afirmou que estava "comovido e espantado" com as mortes. Mas ele não confirmou o balanço divulgado pela polícia de Puntland. O presidente somali, Hasan Sheikh Mohamud, condenou o "ataque brutal contra o futuro do país". Ao atacar o Unicef, os shebab também atacaram as crianças somalis, disse. Os insurgentes islamitas shebab reivindicaram o ataque. O porta-voz do grupo, Abdulaziz Abu Musab, explicou que ao apontar contra os agentes da ONU atacaram membros das "forças de colonização da Somália". De acordo com o Unicef, o atentado, executado com uma bomba de fabricação caseira, aconteceu quando os funcionários seguiam de casa para o trabalho, um percurso de três minutos de carro. O ônibus, que tinha o logotipo da ONU, ficou destruído com a explosão. A Somália está em guerra civil desde a queda do presidente Siad Barre em 1991. Como os anteriores, o governo atual, apoiado pela comunidade internacional, é incapaz de aplicar sua autoridade além da capital e sua região, Os shebab, fruto de um braço dos Tribunais Islâmicos que controlaram durante seis meses, em 2006, o centro e o sul do país, incluindo a capital Mogadíscio, estão desde então à frente da insurreição armada contra o governo.

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