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Ataque contra ônibus da ONU deixa ao menos sete pessoas mortas na Somália

Quatro vítimas trabalhavam para o Unicef, anunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância em um comunicado

Agência France-Presse
postado em 20/04/2015 16:27
Mogadíscio, Somália - Pelo menos sete pessoas, entre elas seis funcionários da ONU na Somália, morreram nesta segunda-feira em um ataque dos islamitas shebab contra um ônibus das Nações Unidas na localidade de Garowe (norte), capital da região semiautônoma de Puntland.

O ônibus foi atacado por islamitas shebab

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, expressou "sua indignação" após o anúncio deste ataque que, segundo um comunicado de seu porta-voz em Nova York, deixou um total de sete mortos e vários feridos

Quatro vítimas trabalhavam para o Unicef, anunciou o Fundo das Nações Unidas para a Infância em um comunicado. Outros quatro funcionários do Unicef ficaram feridos e estão em situação crítica.

O chefe de polícia local, Ahmed Abdulahi Samatar, havia explicado que quatro estrangeiros e dois somalis morreram no ataque e outras sete pessoas, incluindo dois estrangeiros, ficaram feridas.

O diretor da missão da ONU na Somália, Nick Kay, condenou o ataque e afirmou que estava "comovido e espantado" com as mortes. Mas ele não confirmou o balanço divulgado pela polícia de Puntland.

O presidente somali, Hasan Sheikh Mohamud, condenou o "ataque brutal contra o futuro do país". Ao atacar o Unicef, os shebab também atacaram as crianças somalis, disse.

Os insurgentes islamitas shebab reivindicaram o ataque. O porta-voz do grupo, Abdulaziz Abu Musab, explicou que ao apontar contra os agentes da ONU atacaram membros das "forças de colonização da Somália".

De acordo com o Unicef, o atentado, executado com uma bomba de fabricação caseira, aconteceu quando os funcionários seguiam de casa para o trabalho, um percurso de três minutos de carro.

O ônibus, que tinha o logotipo da ONU, ficou destruído com a explosão. A Somália está em guerra civil desde a queda do presidente Siad Barre em 1991.

Como os anteriores, o governo atual, apoiado pela comunidade internacional, é incapaz de aplicar sua autoridade além da capital e sua região.



Os shebab, fruto de um braço dos Tribunais Islâmicos que controlaram durante seis meses, em 2006, o centro e o sul do país, incluindo a capital Mogadíscio, estão desde então à frente da insurreição armada contra o governo.

Sete pessoas, entre elas seis funcionários da ONU na Somália, morreram nesta segunda-feira em um ataque de islamitas shebab contra um ônibus na cidade de Garowe (norte), capital da região semi-autônoma de Puntlandia.

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