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Bagdá e Berlim pedem ajuda à ONU para combater roubos arqueológicos

O EI justifica estas destruições alegando que as estátuas favorecem a idolatria

Agência France-Presse
postado em 21/04/2015 17:48
A Alemanha e o Iraque anunciaram nesta terça-feira sua intenção de propor à Assembleia Geral da ONU uma resolução sobre o roubo e a destruição de sítios arqueológicos por parte do grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Este projeto de resolução será apresentado nos próximos dias e poderá ser adotado em maio, informa um comunicado conjunto das delegações alemã e iraquiana diante da ONU.

[SAIBAMAIS]Trata-se de "por fim à destruição e ao roubo do EI dos sítios arqueológicos, edifícios históricos e obras culturais". A resolução "pedirá a todos os Estados membro que sancionem todos os responsáveis deste vandalismo cultural e que melhorem seu marco legal e administrativo para evitar o tráfico de obras de arte roubadas".

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"A destruição e o roubo do patromônio cultural iraquiano se assemelha a um crime de guerra" e dificulta os esforços de reconciliação de Bagdá, afirmou diante da Assembleia o embaixador iraquiano Mohammed Ali Alhakim. Para o vice-embaixador da delegação alemã, Heiko Thoms, a preservação da herança cultural iraquiana é "um teste para todos nós já que forma parte da nossa herança comum".

"Ali onde se queimam livros e obras de arte, os seres humanos podem ser as próximas vítimas. É uma dolorosa lição da História que a Alemanha aprendeu", completou. O Conselho de Segurança da ONU já emitiu em fevereiro uma resolução exigente que buscava cortar todas as fontes de financiamento dos jihadistas, entre elas os bens culturais roubados na Síria e no Iraque.

Os jihadistas do EI destruíram obras pré-islâmicas do museu de Mossul (norte do Iraque). O grupo também atacou a cidade milenar de Nimrud e a histórica Hatra, fundada há mais de 2.000 anos. O EI justifica estas destruições alegando que as estátuas favorecem a idolatria.

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