Mundo

Presidente turco denuncia ações do grupo jihadista Estado Islâmico

A Turquia tem sido frequentemente criticada nos últimos meses por não se envolver o suficiente na luta contra os jihadistas, que ocupam grande parte dos territórios sírio e iraquiano ao longo de sua fronteira sul

Agência France-Presse
postado em 22/04/2015 15:53
O presidente turco islâmico e conservador Recep Tayyip Erdogan denunciou nesta quarta-feira as ações do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, chamando-o de "vírus" destrutivo para a comunidade muçulmana.

"O Daesh (acrônimo árabe de EI) é um vírus destinado a dividir e destruir a Ummah (comunidade muçulmana)", disse Erdogan em uma coletiva de imprensa conjunta com o seu colega iraquiano Fuad Massum.

A Turquia tem sido frequentemente criticada nos últimos meses por não se envolver o suficiente na luta contra os jihadistas, que ocupam grande parte dos territórios sírio e iraquiano ao longo de sua fronteira sul.

"Uma estratégia internacional é essencial para erradicar este movimento. Mesmo se conseguirmos destruir o Daesh, aparecerá outro grupo com outro nome", disse o chefe do Estado turco. "De onde vem as armas, os seus meios? Temos de nos concentrar nisso", insistiu.

O regime turco tem sido repetidamente acusado de apoiar os grupos rebeldes mais radicais hostis ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, seu inimigo, incluindo o grupo Estado Islâmico. Ancara nega as acusações.

Sob a pressão das críticas de seus aliados ocidentais, a Turquia reforçou recentemente os controles nas fronteiras para tentar diminuir o fluxo de combatentes estrangeiros, sobretudo europeus, que tentam se juntar aos grupos jihadistas passando por seu território.

Seu ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, disse na terça-feira, durante uma visita aos Estados Unidos, que o seu país tinha colocado em sua lista de proibição de entrada em seu território um total de 12.800 pessoas suspeitas de querer se juntar às fileiras do EI.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação