O tráfico de imigrantes através do Mediterrâneo estará no centro da reunião de emergência que os líderes europeus fazem hoje para enfrentar, sob crescente pressão, a crise alimentada por uma sucessão de naufrágios trágicos, com mais de 700 vítimas desde o fim de semana. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, cujo país é o destino da maior parte das embarcações clandestinas, convocou os sócios da União Europeia (UE) a uma ;guerra; contra os ;mercadores de escravos do século 21;. Os chefes de Estado e de governo do bloco devem emitir uma declaração conjunta e estudam a opção de uma operação militar para desarticular o contrabando de seres humanos. A Anistia Internacional sugeriu um ;plano de ação; priorizando a vida dos imigrantes. Nos primeiros quatro meses deste ano, morreram na travessia do Mediterrâneo mais de 1.700 ; mais da metade dos 3.279 mortos em todo o ano passado.
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A reunião de cúpula extraordinária foi convocada após a morte de mais de 800 pessoas na costa da Líbia, no fim de semana. Mais 500 imigrantes foram resgatados ontem perto da Itália. A UE trabalha com um plano de 10 pontos para responder ao drama. Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), um rascunho do comunicado conjunto ressalta que são necessários ;esforços sistemáticos para identificar, capturar e destruir as embarcações antes que sejam utilizadas pelos traficantes;. O documento instruiu a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a iniciar ;imediatamente os preparativos para uma possível operação de segurança e defesa, respeitando as leis internacionais;.
Uma operação militar do bloco contra a imigração ilegal seria a primeira do tipo. Autoridades estudam desmantelar a estrutura de travessia em países como a Líbia ; o que demandaria um mandato da ONU ; , programar intervenções no mar e o repassar de 3 a 6 milhões de euros por mês à Frontex, agência que vigia as fronteiras dos países-membros, para reforçar o patrulhamento nas costas da Itália e da Grécia. Também está en análise um plano de acolhimento de refugiados.
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