Washington - O ex-diretor da CIA (Agência Central de Inteligência) David Petraeus foi condenado nesta quinta-feira a dois anos de prisão com sursis e 100.000 dólares de multa no caso do vazamento de documentos confidenciais entregues a sua amante, anunciou o Departamento de Justiça americano.
Ele se declarou culpado diante do tribunal da Carolina do Norte (leste dos Estados Unidos) por "retirada e posse não autorizada de documentos confidenciais" e por "mentir ao FBI e à CIA sobre a posse e manipulação de informações", declarou a procuradora Jill Westmoreland Rose, em um comunicado.
O ex-diretor da CIA e herói dos Estados Unidos evitou assim um julgamento potencialmente embaraçoso e colocou um ponto final ao escândalo que abalou a inteligência americana em 2012.
Se não se declarasse culpado, o militar poderia ser condenado a seis anos de prisão - cinco deles sob sursis - pela principal acusação. Segundo os critérios de recomendação do governo, haveria a possibilidade de acumular outros dois anos por obstrução da Justiça e abuso de função.
O FBI havia recomendado o julgamento contra o ex-diretor da CIA depois da descoberta de documentos sigilosos no computador de sua amante, Paula Broadwell, a biógrafa do general quatro estrelas da reserva.
Desde o início, Petraeus afirmava que os documentos encontrados no computador de Broadwell não colocavam a segurança nacional em risco.Em novembro de 2012, Petraeus deixou a direção da CIA depois de admitir a relação extraconjugal com Paula Broadwell desde 2011.