O governo alemão conhecia os riscos de sobrevoar o leste da Ucrânia antes do acidente com Boeing da Malaysia Airlines e não informou às companhias aéreas da Alemanha, afirmou a imprensa do país neste domingo.
Os 298 passageiros e membros da tripulação do voo MH17 morreram em 17 de julho do ano passado, quando a aeronave em que estavam foi abatida por um míssil ao sobrevoar a zona em guerra.
[SAIBAMAIS] Uma mensagem diplomática emitida pelo ministério alemão das Relações Exteriores vários dias antes da queda do avião havia avaliado como "preocupante" a situação, depois que um avião militar foi abatido na região, a mais de 6.000 metros de altitude, segundo as informações das radiotelevisões WDR e NDR, e do jornal Süddeutsche Zeitung. "No dia em que o avião caiu, três aeronaves da Lufthansa sobrevoaram a zona, e um deles apenas 20 minutos antes do voo MH17", afirmou o SZ em uma prévia da matéria que será publicada na próxima segunda-feira.
"Normalmente, as companhias aéreas devem ser imediatamente informadas em caso de mudança da situação em termos de segurança (...) Esse não foi o caso mesmo depois do acidente do MH17", constatou o jornal.
Ucrânia e Estados Unidos garantem que o avião foi abatido por um míssil terra-ar entregue por Moscou aos pró-russos, mas a Rússia acusa as forças de segurança de Kiev.