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Organização Mundial da Saúde quer zerar número de casos de Ebola

Segundo os últimos dados da OMS, 26.300 pessoas foram infectadas na epidemia da febre hemorrágica, que já matou 10.900 pessoas, principalmente em três países: Guiné, Libéria e Serra Leoa

Agência France-Presse
postado em 28/04/2015 16:09
A Organização Mundial da Saúde publicou nesta terça-feira um plano para lutar contra o Ebola, visando especialmente identificar as cadeias de transmissão do vírus para atingir um nível zero de contágio.

"Ainda há um esforço considerável a ser feito para quebrar todas as cadeias de transmissão nos países afetados e impedir a propagação da doença em países vizinhos e reativar de maneira eficaz os serviços básicos de saúde", destaca o plano estratégico de 28 páginas da OMS.

Segundo os últimos dados da OMS, 26.300 pessoas foram infectadas na epidemia da febre hemorrágica, que já matou 10.900 pessoas, principalmente em três países: Guiné, Libéria e Serra Leoa.

O relatório enfatiza que o esforço "sem precedentes" lançado no verão passado reduziu significativamente a escala da epidemia, com apenas algumas dezenas de casos por semana desde o início do ano - contra até 800 por semana em outubro de 2014.

A Libéria, o país mais afetado pelo vírus, não relatou nenhum caso novo desde o final de março e está se preparando para declarar o fim da epidemia no final de maio.

Mas a OMS disse que a luta só vai acabar de vez quando o vírus for completamente derrotado: "um elevado nível de contágio persiste nas regiões ocidentais da Guiné e de Serra Leoa", garante a organização.

"É essencial limitar a propagação do vírus nas áreas costeiras de ambos os países antes do início da estação das chuvas", que começa dentro de poucas semanas, alertou a OMS.

A organização está particularmente preocupada com o aparecimento de novos casos de pessoas que, aparentemente, não tiveram contato com outros doentes ou que não podem ser ligados a uma cadeia de transmissão identificada.

"A prioridade é identificar e isolar todos os novos casos até o final de maio e confirmar que eles vieram de canais de transmissão conhecidos", afirma o plano da OMS.

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