Mundo

Dilma sobre execução: "Não foram sensíveis ao apelos humanitários"

O Itamaraty lamentou a execução do brasileiro Rodrigo Gularte, condenado por tráfico de drogas na Indonésia

postado em 28/04/2015 17:34
O governo brasileiro lamentou a execução de Rodrigo Gularte, 42 anos, morto à 0h40 (14h40 no horário de Brasília) desta terça-feira (28/4), pelo crime de tráfico de drogas na Indonésia. Em nota, a presidente Dilma Rousseff demonstrou profunda consternação ao fato de que as autoridades do país "não foram sensíveis aos apelos de caráter essencialmente humanitário". O corpo de Rodrigo será enterrado no Brasil.

O Itamaraty considerou a execução um fato grave para a relação entre os dois países. "Esse fato fortalece a posição brasileira de levar adiante nos organismos internacionais de direitos humanos os esforços pela abolição da pena capital", disse o secretário geral do Ministério das Relações Exteriores, Sérgio França.


[SAIBAMAIS]"A presidente Dilma Rousseff fez constantes apelos para que a pena considerasse o quadro psiquiátrico do brasileiro, diagnosticado com esquizofrenia", completou. Desde a condenação, a família apresentou vários relatórios médicos para demonstrar que ele sofria de esquizofrenia e que não deveria ser executado.

Rodrigo Gularte foi detido em 2004 depois de tentar entrar no aeroporto de Jacarta com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele é o segundo brasileiro condenado à morte pelo governo indonésio. Além dele, outras sete pessoas foram executadas por tráfico de drogas.
Mary Jane Fiesta Veloso
Mary Jane Fiesta Veloso

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação