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Corte dos EUA mostra divergências durante audiência sobre casamento gay

Centenas de ativistas a favor e contra o direito ao casamento gay se manifestaram do lado de fora da sede do Supremo Tribunal, onde os nove juízes estavam se preparando para abrir um dos casos mais controversos do país

Agência France-Presse
postado em 28/04/2015 20:19
A divisão na Suprema Corte dos Estados Unidos ficou clara nesta terça-feira ao analisar as alegações sobre os direitos constitucionais dos casais homossexuais de se casarem - em um processo que poderia levar ao reconhecimento nacional de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Centenas de ativistas a favor e contra o direito ao casamento gay se manifestaram do lado de fora da sede do Supremo Tribunal, onde os nove juízes estavam se preparando para abrir um dos casos mais controversos do país.

No início da sessão, o tribunal mostrou sua já conhecida divisão, em que quatro juízes apoiam o o pedido do presidente Barack Obama para o que a juíza Ruth Bader Ginsburg chamou de "mudança na instituição do casamento".

O titular do Tribunal, o juiz conservador John Roberts, parecia mais preocupado com a possível mudança do conceito consolidado da instituição do casamento.

"Estamos discutindo aqui modificar o que é esta instituição", disse Roberts aos advogados dos demandantes. "Se vocês tiverem sucesso, não haverá mais debate. Encerrar este caso é encerrar o debate", afirmou.

Anthony Kennedy observou na última quinta-feira que vai ser difícil mudar a noção tradicional de que o casamento é a união de um homem e uma mulher. Mas acrescentou que "o casamento de pessoas do mesmo sexo não poderia ter um propósito mais nobre", referindo que algumas pessoas não podem procriar, "mas há uma dignidade que deve ser respeitada".

Em apoio aos casais homossexuais que entraram com a ação, o Advogado-Geral dos Estados Unidos, Donald Verrilli, defendeu a posição da administração Obama.

"Em um mundo em que gays e lésbicas vivem abertamente em nossas comunidades, é simplesmente insustentável que essas pessoas devem ter direitos negados ou que devam esperar", argumentou.

Os juízes vão dar seu veredicto em um período de aproximadamente dois meses.

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