Até o fechamento desta edição, o Itamaraty havia conseguido comunicação com 194 brasileiros no Nepal. Segundo contatos feitos por familiares ou conhecidos com a chancelaria, outros 26 ainda não tinham sido localizados. Apenas três brasileiros ficaram feridos ; dois sofreram lesões leves e um fraturou a perna, mas recebeu atendimento médico e passa bem. A empresária brasiliense Mercedes Berlin, 57 anos, viajava a negócios para Katmandu quando foi surpreendida pelo terremoto de 7,9 graus na escala Richter.
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Ontem, mais aliviada e já em Colônia (Alemanha), ela disse por telefone ao Correio ter recebido uma bênção e uma salvação por ter escapado ilesa da tragédia. Mercedes e a irmã Gabriela Gabriela Maschwitz visitavam o Swayambhunath, ou Templo dos Macacos, quando a terra sacudiu violentamente, no sábado. ;Nós esperávamos o guia, quando ouvimos um barulho estrondoso. O chão balançava muito. Parecia que eu estava rodando. Segurei na grade e esperei o terremoto passar. Vi uma nuvem marrom vindo da escadaria acima e falei: ;Meu Deus, aconteceu algo muito grave;. Um templo na nossa frente rachou todo. De repente, começou gente segurando pessoas pelos braços e pelas pernas, com a cabeça ensanguentada;, relatou.
Passado o desespero inicial, o grupo de Mercedes buscou refúgio em um gramado, durante três horas, com receio das réplicas. ;Vimos muitos monumentos desmoronados. O nosso hotel estava fechado. Ficamos no pátio de outro hotel de frente e, à noite, nos acomodamos no hall. Houve réplicas durante a madrugada de domingo. Uma delas, por volta das 5h, foi assustadora;, revelou. Na segunda-feira, ela presenciou o caos no aeroporto de Katmandu. ;Tinha gente pendurada a pouco menos do teto. Lá fora, no pátio onde ficavam aviões, estavam pelo menos umas mil pessoas. Ficamos 10 horas em pé naquele local, andando de um lado para o outro;, acrescentou. A aeronave que levou as brasilienses do Nepal para a Europa ainda permaneceu por uma hora na pista, antes da decolagem.
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