Agência France-Presse
postado em 30/04/2015 17:17
Washington - O líder da Coalizão Nacional síria, a principal força de oposição ao regime de Damasco, pediu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que ajudem a estabelecer zonas de segurança dentro da Síria em zonas sob controle rebelde.Durante encontro com o secretário de Estado, John Kerry, o titular da coalizão opositora síria, Khaled Joja, agradeceu aos Estados Unidos pelos mais de US$ 3 bilhões em ajuda ao povo sírio desde que a guerra civil eclodiu no país, em 2011.
Falando por intermédio de um tradutor, Joja disse que informaria Kerry sobre os últimos acontecimentos políticos e militares."Também pediremos a ajuda dos Estados Unidos para estabelecer zonas seguras nas áreas liberadas" sob controle rebelde.
A oposição moderada síria, apoiada pelos Estados Unidos e seus aliados, busca depor o regime de Bashar al Assad, uma luta que Kerry qualifica como "difícil".
As sucessivas tentativas de lançar negociações de paz também foram infrutíferas. Uma delegação da Coalizão Nacional assistirá na próxima segunda-feira a um diálogo em Genebra, quando o mediador da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, celebrará conversações com as partes rivais.
A situação na Síria é "simplesmente insustentável, catastrófica. Tem um impacto profundo em cada uma das comunidades circundantes", com cerca de três quartos da população síria deslocada, disse Kerry.
O regime de Assad "perdeu todo senso de responsabilidade", disse o chefe da diplomacia americana, afirmando ainda que deve haver uma transição "para um governo que represente todo o povo e possa reparar este dano extraordinário".
Assad tem estado "ocupado, destruindo o país em prol de seus próprios interesses", afirmou Kerry, acrescentando que o presidente sírio estava "habilitando e atraindo terroristas" como os do grupo Estado Islâmico (EI), que tomaram o controle de parte do país.
"Temos muita esperança de que nos próximos dias, o povo (sírio) possa encontrar um novo caminho para restaurar a natureza laica e única da Síria e possa evitar uma extraordinária catástrofe humanitária", indicou.