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Grã-Bretanha diz à ONU que Irã tenta comprar tecnologia nuclear

As alegações - que, se forem verdadeiras, violam as sanções da ONU - foram feitas para um painel de peritos das Nações Unidas algumas semanas após as potências mundiais chegarem a um acordo-quadro com o Irã sobre seu programa nuclea

Agência France-Presse
postado em 30/04/2015 20:37
O Irã está ativamente tentando comprar tecnologia nuclear por meio de empresas na lista negra, segundo um relatório confidencial da ONU, citando informações do governo britânico.

As alegações - que, se forem verdadeiras, violam as sanções da ONU - foram feitas para um painel de peritos das Nações Unidas algumas semanas após as potências mundiais chegarem a um acordo-quadro com o Irã sobre seu programa nuclear.

"O governo do Reino Unido informou em 20 de abril de 2015 que ;está a par de uma ativa rede de compra iraniana que tem sido associada à Companhia de Tecnologia Centrífuga do Irã (TESA) e à Companhia Energética Kalay (KEC);", diz o documento, ao qual a AFP teve acesso.

A ONU impôs uma série de sanções contra o Irã por causa de seu fracasso em responder às preocupações internacionais sobre seu programa nuclear e às suspeitas de que o mesmo poderia ter objetivos militares.

A KEC integra uma lista negra da ONU de empresas iranianas por suas ligações com o programa nuclear.

O relatório foi apresentado ao Comitê de Sanções ao Irã do Conselho de Segurança em 21 de abril, logo quando os negociadores do P5%2b1 - Grã-Bretanha, China, França, Rússia, Estados Unidos, mais a Alemanha - começaram a trabalhar na finalização do acordo nuclear.

O painel observou que, no geral, houve poucas violações reportadas às sanções da ONU.

"Isso pode estar ligado à diminuição das atividades proibidas por parte da República Islâmica do Irã e à contenção por parte dos Estados-membros de modo a não afetar o processo de negociações" para o acordo nuclear, disse o relatório.

As potências mundiais estabeleceram 30 de junho como prazo para a finalização do acordo que poria fim a um dos conflitos mais complicados na diplomacia internacional e poderia abrir a porta para a renovação com as relações com o Irã.

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