Londres, Reino Unido - William e Kate oferecem uma imagem de pais modernos, mas o protocolo em torno do nascimento de sua filha, nascida nesse sábado (2/5), obedece às regras baseadas em tradições ancestrais. Houve um tempo em que o ministro do Interior devia assistir ao nascimento do bebê real para assegurar sua legitimidade. Esta tradição foi abandonada em 1936, após o nascimento da princesa Alexandra, prima da rainha Elizabeth II. William esteve presente, como fez com seu primeiro filho, e como fez antes o príncipe Charles (seu pai) e o príncipe Albert, marido da rainha Victoria.
A rainha, o primeiro círculo da família real e os pais de Kate foram informados em seguida. Depois, os súditos de sua majestade receberam a notícia mediante uma mensagem na rede social Twitter, um comunicado à imprensa e com a proclamação assinada pelos médicos reais e divulgada no pátio do palácio de Buckingham. Para celebrar a boa nova, são disparadas salvas de canhão (62 a partir da Torre de Londres e 41 do Green Park, perto do palácio de Buckingham). A Union Jack será hasteada em todos os edifícios oficiais.
O secretário pessoal da rainha informará os governadores gerais da Commonwealth. O nome de menina poderá por vários dias: os britânicos tiveram que esperar uma semana antes de conhecer o nome de William e um mês para o de Charles. O de George, primeiro filho de William e Kate, nascido em julho de 2013, foi conhecido publicamente dois dias após seu nascimento. Já se sabe que responderá pelo tratamento de "Alteza real, princesa de Cambridge".
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O bebê será batizado pela Igreja anglicana, com uma réplica do vestido bordado e de cetim que foi usado pela filha mais velha de Victoria em 1841. O original não é usado desde 2004 para preservá-lo da ação do tempo.
George foi batizado pelo arcebispo da Cantuária na Capela Real do Palácio de St. James, com água do rio Jordão - onde Jesus foi batizado por João Batista, segundo o Evangelho -, derramada sobre a mesma bacia de prata esculpida de flores de nenúfar usada por várias gerações pela família real. Em geral, os bebês reais tem seis padrinhos. George teve sete, entre eles Zara Tindall, prima de William.