Londres, Reino Unido - O príncipe William da Inglaterra e sua esposa Catherine tiveram neste sábado (2/5) o segundo filho, uma menina, que no jargão monárquico é conhecido como "herdeiro de reserva". Com poucas possibilidades de reinar, mas submetidos à pressão e educação de quem algum dia terá de fazê-lo, os "herdeiros de reserva" costumam ser fonte de manchetes e escândalos, como é o caso da princesa Margaret, já falecida, que era boêmia, bebia, fumava e adorava a companhias de atores e músicos.
Em menor medida, temos o príncipe Andrew, o segundo filho homem da rainha, que recentemente foi acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor, algo que nega categoricamente. Já o príncipe Harry, neto da soberana e segundo filho do príncipe Charles, outrora um festeiro contumaz e adepto de brincadeiras não muito adequadas, como se fantasiar de nazista, agora parece estar mais tranquilo.
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Regra antiga
Era uma regra dos aristocratas ter "um herdeiro de reserva", algo que fazia muito sentido em épocas de alta mortalidade infantil. Além disso, ter muitos filhos salvava potencialmente o país de uma sangrenta guerra dinástica, como a Guerra das Rosas no século XV, ou de uma invasão estrangeira, como a normanda, do século XI, que resultou em um momento de trono vazio.
Dessa forma, a rainha Victoria teve nove filhos e Elizabeth II, quatro. Grandes reis da história da Inglaterra foram "reservas". Foi o caso de Henrique VIII, George V ou o pai da atual monarca, George VI, que reinou nos tempos difíceis da Segunda Guerra Mundial sem abandonar Londres mesmo durante a terrível campanha de bombardeios nazistas, conhecida como "Blitz".