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Berlim comemora fim da II Guerra e insiste em sua responsabilidade

"Cabe a nós avançar - talvez mais do que a qualquer outro - na responsabilidade de manter uma ordem internacional. Uma ordem que garanta a paz", declarou o ministro alemão

Agência France-Presse
postado em 02/05/2015 17:39
Berlim - O ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, comemorou neste sábado (2/5) o fim da batalha de Berlim, há 70 anos, o prelúdio da capitulação incondicional da Alemanha, e insistiu na "responsabilidade" do seu país.

"Cabe a nós avançar - talvez mais do que a qualquer outro - na responsabilidade de manter uma ordem internacional. Uma ordem que garanta a paz", declarou Steinmeier na Câmara de Representantes de Berlim, qualificando de "libertação" a rendição de 2 de maio de 1945 da guarnição berlinense ante o Exército Vermelho.

Esta tarefa incumbe "particularmente à Alemanha, cujo nacionalismo desenfreado mergulhou o mundo no caos (...), e que depois foi reintegrada, prudente e progressivamente, na ordem pacífica europeia e internacional", disse o chefe da diplomacia alemã.

[SAIBAMAIS]Para Steinmeier, "o ;nunca mais; significa também, para nós, os alemães, o ;nunca mais sós!'" e implica uma política externa orientada para a "compreensão entre os povos, a busca de soluções políticas para os conflitos e a conservação de estruturas de manutenção da paz".

Esmagadas pelos soviéticos na batalha de Berlim, as forças alemãs assinaram sua rendição em 2 de maio de 1945, dois dias depois do suicídio de Adolf Hitler em seu bunker. Em 8 de maio de 1945, data oficial do final da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha capitulou sem condições ante os aliados.

Neste sábado, a chanceler alemã, Angela Merkel, também destacou a "responsabilidade particular" da Alemanha pelos crimes do III Reich, e a necessidade de transmitir "a história do nacional-socialismo, dos campos de concentração, da perseguição das minorias e dos opositores e do Holocausto".

Ela lamentou que ainda seja necessária a presença da polícia para proteger instituições judaicas na Alemanha. "Não é normal que aqueles que pensam diferente ou têm um aspecto diferente sejam, com muita frequência, expostos ao racismo e ao extremismo", disse a chanceler.

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