Agência France-Presse
postado em 02/05/2015 21:33
Toulon - Um total de 3.427 emigrantes foram salvos neste sábado por navios italianos e franceses, integrantes do novo dispositivo da União Europeia no Mediterrâneo, anunciou a guarda costeira italiana. Mesmo não sendo um recorde, este total é um dos mais altos dos últimos anos para um único dia. Nos últimos dois dias mais atribulados, a guarda costeira coordenou os resgates de 3.791 emigrantes em 12 de abril e de 2.850 no dia seguinte.Uma patrulha de alto-mar da Marinha francesa resgatou 217 perto da costa líbia, anunciaram as autoridades francesas.
[SAIBAMAIS]Os emigrantes viajavam a bordo de três embarcações, informaram as autoridades e acrescentaram que dois supostos traficantes de pessoas tinham sido capturados e "serão entregues às autoridades italianas".
Na Itália, a guarda costeira anunciou à noite que tinha coordenado de seu quartel-general romano o resgate de 3.427 passageiros de 16 embarcações ao longo deste sábado. Além da patrulha francesa, as operações do dia mobilizaram quatro navios da guarda costeira, dois da Marinha italiana, dois mercantes, dois barcos da polícia alfandegária italiana e dois rebocadores.
A Marinha italiana tuitou que sua fragata "Bersagliere" socorreu 778 emigrantes e sua patrulha "Vega", um total de 675. Alguns eram aguardados à noite na ilha italiana de Lampedusa, a mais próxima da costa africana. A maior parte dos demais deveria chegar na noite de domingo à Sicília ou ao sul da Itália. Segundo a guarda costeira italiana, a patrulha francesa "Commandant Birot" deveria desembarcar seus emigrantes em um porto de Cantábria.
A patrulha começou no começo da semana a reforçar o dispositivo de vigilância europeu Triton para enfrentar o fluxo de imigração. A embarcação levava sobretudo material médico e sanitário.
Centenas de emigrantes, essencialmente africanos, mas também muitos sírios, chegam diariamente à costa italiana, depois de ser resgatados pela Marinha ou pela guarda costeira.
O Conselho Europeu decidiu em 23 de abril reforçar a presença da União Europeia no Mediterrâneo com o objetivo de evitar "novas perdas de vidas", depois que mais de 1.200 imigrantes morreram desde o começo do ano, após o naufrágio de suas embarcações.