Mundo

EUA oferecem recompensas milionárias por líderes do Estado Islâmico

Medida se insere no programa "Recompensas por Justiça", autorizado pelo secretário de Estado, John Kerry, que busca obter dados que levem à captura de pessoas procuradas pelos Estados Unidos

Agência France-Presse
postado em 05/05/2015 18:33
Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que vão pagar 20 milhões de dólares por informações confiáveis sobre quatro líderes da organização radical Estado Islâmico (EI).

A medida se insere no programa "Recompensas por Justiça" ("Rewards for Justice"), autorizado pelo secretário de Estado, John Kerry, que busca obter dados que levem à captura de pessoas procuradas pelos Estados Unidos, indicou o Departamento de Estado em um comunicado.

Foi autorizado, assim, o pagamento de US$ 7 milhões por informações sobre o líder do EI, Abd al-Rahman al-Mustafá Qaduli, o montante mais alto da lista. Em maio passado, ele já tinha sido considerado um terrorista internacional, alvo de sanções do Departamento do Tesouro.


Segundo Washington, Qaduli - que teria nascido em Mossul (Iraque) por volta de 1957 ou 1959 - seria o braço direito do falecido líder da facção iraquiana da Al-Qaeda, Abu Musab al-Zarqawi, e teria viajado para a Síria para se unir ao grupo em 2012, após ser libertado anos depois de dar entrada em uma prisão iraquiana.

O sírio Abu Mohammed al-Adnani, de 38 anos, e cujo nome de nascimento é Taha Sobhi Falaha, seria um porta-voz do grupo e é objeto de cinco milhões de dólares de recompensa por informação que leve ou à sua morte ou à sua captura.

São oferecidos US$ 5 milhões por Tarkhan Batirashvili, um georgiano de 29 anos, mais conhecido pelo nome de guerra, Omar al-Shishani, acusado de controlar uma prisão do EI no reduto de Raga, onde havia muitos reféns estrangeiros.

Outro procurado em troca de uma recompensa de US$ 3 milhões é Bin Tariq al-Tahar bin al-Falih al-Awni al-Harzi, de 33 anos, originário da Tunísia. Ele é acusado de ser o encarregado de arrecadar fundos em países do Golfo Pérsico, também de comandar um campo na Síria e chefiar uma unidade de terroristas suicidas.

A cabeça do líder iraquiano do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, já tinha preço fixado de 10 milhões de dólares. As forças do EI conquistaram uma ampla faixa do leste da Síria e o norte do Iraque e declararam um "califado", em um avanço que inclui massacres sectários, assassinatos de reféns e escravização de mulheres. Os Estados Unidos comandam uma coalizão que combate o grupo ao lado do Iraque e de forças curdas.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação