Washington - A China aumentou muito os esforços relativos a suas reclamações territoriais no mar da China Meridional, construindo ilhas artificiais a um ritmo sem precedentes, alertou nesta sexta-feira um alto funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
A fonte afirmou que o governo chinês "expandiu cerca de quatrocentas vezes a área que ocupa", embora não tenha dado detalhes sobre os parâmetros utilizados.
"Desde janeiro de 2014 até agora, Pequim apresentou reclamações por cerca de 800 hectares, embora 75% dessas demandas tenham sido acionadas este ano", disse a fonte.
Os Estados Unidos não apoiam reclamações territoriais de nenhum país no mar da China Meridional, mas "o ritmo e a escala das reclamações da China nos anos recentes ofusca as de qualquer outros demandantes", disse o oficial americano.
Essas declarações se conheceram em coincidência com um relatório anual do Pentágono ao Congresso americano dedicado ao estado das Forças Armadas chinesas, e que inclui um capítulo especial da estratégia chinesa no mar da China Meridional.
De acordo com esse relatório, em pelo menos quatro territórios em disputa, a China passou à fase de "desenvolvimento de infraestrutura" que pode incluir portos, sistemas de comunicação e vigilância, apoio logístico e "pelo menos uma pista de aterrissagem".
A China também escavou canais profundos que poderiam receber importantes navios, acrescentou o relatório.
Segundo o documento, o propósito final desses esforços permanece desconhecido, mas afirma que os analista de fora da China indicam que o país "busca mudar os fatos nesse terreno, melhorando a estrutura de defesa no mar da China Meridional".
O mar da China Meridional é cenário de antigos e constantes reclamações sobre a soberania sobre ilhas e arquipélagos inteiros, que envolvem China, Brunei, Taiwan, Malásia, Filipinas e Vietnã.