Agência France-Presse
postado em 08/05/2015 19:56
Ao menos sete pessoas, incluindo os embaixadores da Noruega e das Filipinas no Paquistão, morreram nesta sexta-feira (8/5) na queda de um helicóptero militar em uma região remota do Himalaia. Os talibãs do Paquistão afirmaram ter derrubado o helicóptero, que caiu em uma escola, e disseram que o primeiro-ministro Nawaz Sharif era seu alvo. Contudo, o incidente ocorreu em uma área fortemente controlada pelas forças paquistanesas e sem a presença dos insurgentes.
As autoridades paquistanesas abriram uma investigação sobre as causas desta tragédia que, segundo as Forças Armadas, foi causada "por um erro técnico". Uma delegação de embaixadores, diplomatas e jornalistas visitava a região turística de Gilgit-Baltistão quando um dos três helicópteros em que viajavam caiu em uma escola durante o pouso, informou à AFP um membro da delegação que viajava em outro helicóptero.
As esposas dos embaixadores da Malásia e da Indonésia e os dois pilotos do helicóptero MI-17 também morreram na tragédia, enquanto os embaixadores da Polônia e da Holanda ficaram feridos. O governo norueguês expressou nesta sexta-feira sua "grande tristeza" após a morte de seu embaixador, sem explicar as circunstâncias do incidente.
Durante uma coletiva de imprensa em Oslo, o chefe da diplomacia norueguesa, B;rge Brende, indicou que seu colega paquistanês afirmou "não poder explicar totalmente" as circunstâncias da tragédia. A embaixadora da França no Paquistão, Martine Dorance, também fazia parte da delegação que deveria inaugurar um teleférico em um dos poucos resorts de esqui do país.
Acidentes com aviões e helicópteros são bastante comuns no Paquistão, onde em 1988 morreram o ditador Zia ul-Haq junto a vários generais e ao embaixador dos Estados Unidos.