Agência France-Presse
postado em 08/05/2015 20:34
O ex-chefe da Agência Central de Inteligência (CIA) e general da reserva David Petraeus, condenado recentemente por compartilhar documentos sigilosos com a amante, disse nesta sexta-feira que aceitaria um cargo público nos Estados Unidos, se fosse convidado.Não existe "nada maior" do que servir ao país e, "se alguma oportunidade surgisse, eu consideraria", disse Petraeus, durante um encontro de empresários franceses em Miami Beach, na Flórida (sudeste dos EUA).
Conhecido nos EUA como o homem que mudou o curso da guerra no Iraque, David Petraeus foi condenado em abril a dois anos de liberdade condicional e a pagar uma multa de US$ 100 mil por entregar documentos ultrassecretos para sua biógrafa e amante Paula Broadwell.
"Não há privilégio maior do que ter sido soldado e, depois, chefe de espionagem", declarou o general da reserva, de quatro estrelas.
Petraeus foi chefe da CIA depois de passar para a reserva. Ele deixou o cargo quando explodiu o escândalo com sua biógrafa.
O ex-chefe da agência de Inteligência desconsiderou a possibilidade de se candidatar à Casa Branca, algo sobre o que se chegou a especular.
"Mesmo antes dos meus tropeços, não iria me candidatar", garantiu. "Minha família se opõe firme e francamente. Minhas posturas políticas não seriam necessariamente adequadas para as primárias de qualquer um dos partidos", completou.