Agência France-Presse
postado em 12/05/2015 09:38
Beirute - A vida de mais de cinco milhões de sírios, incluindo dois milhões de crianças, está em perigo pelas bombas utilizadas no conflito, denunciou uma ONG em um relatório.A Handicap International adverte que os artefatos foram amplamente utilizados em áreas densamente povoadas, em violação às normas internacionais, e que as bombas que não explodiram representam uma grave ameaça.
"No total, 5,1 milhões de pessoas - incluindo dois milhões de crianças - vivem em áreas muito afetadas pelo uso de armas explosivas, o que gera uma ameaça para suas vidas", afirma a ONG.
A explosão ou a fragmentação dos artefatos pode provocar "terríveis consequências para os civis" e causar a "morte ou provocar ferimentos graves", destacou a coordenadora regional da ONG, Anne Garella.
Quase 75% dos incidentes com explosivos aconteceram em zonas densamente povoadas, o que sugere que "os beligerantes não têm a intenção de distinguir entre civis e combatentes, o que é uma violação da lei internacional", afirma o relatório.
A Handicap International faz um apelo para as partes em conflito pelo fim do uso de explosivos nas áreas densamente povoadas e para que facilitem o acesso dos feridos à ajuda humanitária.
O conflito sírio começou em março de 2011 com manifestações pacíficas contra o regime do presidente Bashar al-Assad e se transformou depois em uma complexa guerra civil, que provocou mais de 220.000 mortes.