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Tribunal suíço confirma prisão perpétua para ex-chefe policial da Guatemala

A nova sentença ampliou o número de assassinatos pelos quais Sperisen foi condenado em primeira instância no ano passado de sete a dez, segundo o texto lido pela presidente do tribunal

postado em 12/05/2015 14:22
Genebra - Um tribunal de apelação de Genebra confirmou nesta terça-feira a condenação à prisão perpétua contra o suíço-guatemalteco Erwin Sperisen, ex-chefe da polícia do país sul-americano.

A nova sentença ampliou o número de assassinatos pelos quais Sperisen foi condenado em primeira instância no ano passado de sete a dez, segundo o texto lido pela presidente do tribunal, Alexandra Cambi Favre-Bulle.



"Tomou parte ativamente, participou, planejou, e permitiu que as cenas dos crimes fossem maquiadas... Nos momentos chave esteve no lugar" dos fatos, disse a juíza, que leu durante 35 minutos a sentença.

Sperisen, de 44 anos, é culpado de ter planejado ou participado da execução de sete réus, em uma operação para recuperar o controle da prisão de Pavón, em setembro de 2006.

A Câmara Penal de Apelação e de Revisão do Tribunal de Justiça de Genebra considera que Sperisen é o autor indireto destas mortes, modificando a primeira sentença de um ano atrás, que atribuía a ele a responsabilidade de seis e a autoria direta, com suas próprias mãos, de outra morte.

O tribunal também considera provado que Sperisen é culpado da morte de outros três prisioneiros que fugiram da prisão "El Infiernito" em 2005.

Sperisen tem nacionalidade suíça por parte de seu avô paterno. Não pode ser extraditado à Guatemala, mas a lei suíça permite processar qualquer cidadão desta nacionalidade ainda que tenha cometido seus crimes no exterior.

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