Agência France-Presse
postado em 13/05/2015 16:22
O presidente americano, Barack Obama, elogiou nesta quarta-feira (13/5) a solidez dos vínculos entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita enquanto tentava tranquilizar as monarquias do Golfo ante as atividades "desestabilizadoras" do Irã na região. "Os Estados Unidos e a Arábia Saudita estão unidos por uma amizade extraordinária e uma relação que remonta a Franklin Roosevelt e ao rei Faisal", declarou Obama ao receber o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Nayef e ao filho do rei Salman, o ministro da Defesa príncipe Mohammed bin Salman, na Casa Branca.
A reunião foi realizada no âmbito de uma cúpula entre os Estados Unidos e os líderes do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) - Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Catar - à qual não puderam comparecer o rei Salman e o emir do Bahrein, Hamad bin Issa al-Khalifa.
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A luta contra o terrorismo é "crucial para a estabilidade da região, mas também para a segurança dos americanos", disse Obama, que destacou o papel central de Riad no combate ao grupo Estado Islâmico (EI), que proclamou um "califado" nos territórios conquistados no Iraque e na Síria.
O encontro ocorreu poucas horas depois da entrada em vigor no Iêmen de uma trégua humanitária destinada a acabar com sete semanas de ataques aéreos de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita para deter o avanço dos rebeldes xiitas huthis, apoiados pelo Irã.
Obama evocou o conflito que tem provocado tensão na região e defendeu a restauração de um diálogo que permita a instalação de um governo representativo no Iêmen.
Depois do jantar na Casa Branca nesta quarta-feira, Obama e os líderes do GCC se reunirão na quinta-feira na residência presidencial de Camp David para discutir o programa nuclear iraniano e os conflitos no Iêmen, Iraque e Síria.
Em uma entrevista publicada no jornal saudita Asharq Al-Awsat, Obama tentou transmitir confiança aos seus convidados e disse que apesar de os Estados Unidos buscarem um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear, não baixam a guarda para a República Islâmica.
Com esta cúpula, os Estados Unidos procuram dissipar os receios das monarquias do Golfo em uma região atormentada por conflitos e tranquilizá-las após a conclusão de um acordo-quadro com o Irã sobre seu programa nuclear.
O Irã e o grupo 5%2b1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha) concluíram em 2 de abril na Suíça um acordo-quadro sobre o programa nuclear iraniano, que deve ser detalhado e aprovado até 30 de junho.
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