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Poloneses querem criar país com 100 m² em território da ex-Iugoslávia

Mais de 5.000 pessoas pediram através da internet a cidadania de Enclava e 800 participaram na semana passada da eleição on-line de seu executivo

Agência France-Presse
postado em 15/05/2015 12:57
Liubliana - As peculiaridades geográficas herdadas da desintegração da Iugoslávia geram cada vez mais desejos: semanas após a proclamação da Liberlandia, os poloneses exigem agora a criação de outro micropaís nos confins da Croácia, o Reino de Enclava.

Pouco maior que uma sala de reunião, ele está implantado em um terreno baldio de 100 metros quadrados, entre Eslovênia e Croácia, que nenhum dos dois países considera seu, afirma o porta-voz da nova entidade, Piotr Wawrzynkiewicz.A divisão da ex-Iugoslávia em sete novos Estados, a partir de 1991, favoreceu a emergência de "terrae nullius", territórios apátridas.

A existência desta minúscula terra sem dono, localizada perto da região eslovena de Metlika, 50 km a oeste de Zagreb, foi revelada a Wawrzynkiewicz quando ele visitava a Eslovênia com outros amigos poloneses, afirma à AFP este especialista em novas tecnologias.



Dali nasceu a ideia de criar um país "onde cada um, independentemente da cor da sua pele, de sua religião ou nacionalidade, possa expressar suas opiniões, estudar gratuitamente e ganhar dinheiro sem se preocupar com os impostos", diz.

A criação do Reino de Enclava, que não foi reconhecido por nenhum outro Estado, ocorre apenas algumas semanas depois da Liberlandia, desta vez por um tcheco, em um terreno arborizado de sete quilômetros quadrados entre Sérvia e Croácia.

Assim como os de Liberlandia, os fundadores de Enclava reivindicam um enfoque muito liberal, inclusive libertário, e fazem seu Estado viver principalmente através da internet.

Mais de 5.000 pessoas pediram através da internet a cidadania de Enclava e 800 participaram na semana passada da eleição on-line de seu executivo, explica Wawrzynkiewicz. "Aceitamos candidatos de todo o mundo, a única condição é não integrar um grupo extremista e não ter problemas com a justiça", explica.

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