Agência France-Presse
postado em 19/05/2015 13:37
Galway - O príncipe Charles da Inglaterra se reuniu nesta terça-feira com Gerry Adams, líder do partido republicano irlandês Sinn Fein, antigo inimigo de Londres, em mais um passo para a reconciliação.Os dois homens apertaram as mãos e se mostraram sorridentes durante o encontro em uma universidade de Galway, oeste de Irlanda."Sempre (que venho à Irlanda) me sinto emocionado e impressionado com a extraordinária amabilidade dos irlandeses", disse Charles em um discurso na universidade.
"Vocês têm um caráter maravilhoso", completou, antes de chamar de "irresistível" a "magia irlandesa".O encontro aconteceu como parte da viagem de Charles ao país, de 19 a 22 de maio.
Na quarta-feira, o príncipe visitará Mullaghmore, onde um integrante da família real, seu tio-avô Lorde Mounbatten, foi assassinado em 1979 pelo IRA, o braço armado do Sinn Fein.
O IRA colocou uma bomba no iate de Lorde Mountbatten que o matou, também provocando a morte de dois parentes dele e de um jovem de 14 anos que vivia na região e trabalhava na embarcação.
Em importância simbólica, o cumprimento entre Charles e Adams fica atrás apenas da saudação da rainha Elizabeth II com o ex-líder do Exército Republicano Irlandês (IRA), Marty McGuiness, em 2012 em Belfast.
Ao discursar antes da visita, Adams se referiu ao herdeiro da Coroa usando sua patente militar de coronel-em-chefe do Regimento de Paraquedistas do exército britânico.
Soldados deste Regimento foram considerados responsáveis por muitas mortes durante o massacre do Domingo Sangrento de 1972 - uma das piores atrocidades do conflito da Irlanda do Norte.
"Mas ele (Charles) também sofreu com os atos dos republicanos", disse Adams."Felizmente, o conflito acabou. Mas ainda há injustiças. É preciso corrigi-las", acrescentou."Cabe a todos nós promover a reconciliação e tentar curar as feridas", concluiu.
O Sinn Fein original foi fundado no início do século passado para lutar pela independência da Irlanda do Reino Unido, o que aconteceu em 1922.O conflito prosseguiu depois na parte da ilha da Irlanda que continuou sendo britânica, a Irlanda do Norte, que o Sinn Fein e o IRA desejavam ver unida a Dublin.
A Irlanda do Norte permanece britânica, mas o conflito entre republicanos e unionistas acabou em 1998 com os Acordos da Sexta-Feira Santa.A rainha visitou a Irlanda em 2011, na primeira viagem de um monarca britânico desde que o país se declarou independente.
A viagem de Charles está cercada de grandes medidas de segurança, depois que duas bombas prontas para serem utilizadas foram encontradas e várias pessoas foram detidas. A polícia, no entanto, não relacionou estes incidentes à visita do príncipe.
Além disso, foram convocadas manifestações, embora a primeira delas, nesta terça-feira em Galway, tenha reunido apenas algumas pessoas, segundo a televisão pública RTE.
O príncipe se encontrará ainda nesta terça-feira com o primeiro-ministro Enda Kenny e jantará com o presidente Michael Higgins.O príncipe Charles da Inglaterra se reuniu nesta terça-feira com Gerry Adams, líder do partido republicano irlandês Sinn Fein, antigo inimigo de Londres, em mais um passo para a reconciliação.
Os dois homens apertaram as mãos e se mostraram sorridentes durante o encontro em uma universidade de Galway, oeste de Irlanda."Sempre (que venho à Irlanda) me sinto emocionado e impressionado com a extraordinária amabilidade dos irlandeses", disse Charles em um discurso na universidade.
"Vocês têm um caráter maravilhoso", completou, antes de chamar de "irresistível" a "magia irlandesa".
O encontro aconteceu como parte da viagem de Charles ao país, de 19 a 22 de maio.Na quarta-feira, o príncipe visitará Mullaghmore, onde um integrante da família real, seu tio-avô Lorde Mounbatten, foi assassinado em 1979 pelo IRA, o braço armado do Sinn Fein.
O IRA colocou uma bomba no iate de Lorde Mountbatten que o matou, também provocando a morte de dois parentes dele e de um jovem de 14 anos que vivia na região e trabalhava na embarcação.
Em importância simbólica, o cumprimento entre Charles e Adams fica atrás apenas da saudação da rainha Elizabeth II com o ex-líder do Exército Republicano Irlandês (IRA), Marty McGuiness, em 2012 em Belfast.
Ao discursar antes da visita, Adams se referiu ao herdeiro da Coroa usando sua patente militar de coronel-em-chefe do Regimento de Paraquedistas do exército britânico.
Soldados deste Regimento foram considerados responsáveis por muitas mortes durante o massacre do Domingo Sangrento de 1972 - uma das piores atrocidades do conflito da Irlanda do Norte.
"Mas ele (Charles) também sofreu com os atos dos republicanos", disse Adams."Felizmente, o conflito acabou. Mas ainda há injustiças. É preciso corrigi-las", acrescentou.
"Cabe a todos nós promover a reconciliação e tentar curar as feridas", concluiu.O Sinn Fein original foi fundado no início do século passado para lutar pela independência da Irlanda do Reino Unido, o que aconteceu em 1922.
O conflito prosseguiu depois na parte da ilha da Irlanda que continuou sendo britânica, a Irlanda do Norte, que o Sinn Fein e o IRA desejavam ver unida a Dublin.
A Irlanda do Norte permanece britânica, mas o conflito entre republicanos e unionistas acabou em 1998 com os Acordos da Sexta-Feira Santa.A rainha visitou a Irlanda em 2011, na primeira viagem de um monarca britânico desde que o país se declarou independente.
A viagem de Charles está cercada de grandes medidas de segurança, depois que duas bombas prontas para serem utilizadas foram encontradas e várias pessoas foram detidas. A polícia, no entanto, não relacionou estes incidentes à visita do príncipe.
Além disso, foram convocadas manifestações, embora a primeira delas, nesta terça-feira em Galway, tenha reunido apenas algumas pessoas, segundo a televisão pública RTE.
O príncipe se encontrará ainda nesta terça-feira com o primeiro-ministro Enda Kenny e jantará com o presidente Michael Higgins.