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Estudantes processam universidade por exames transvaginais forçados

Segundo o documento, os calouros eram incentivados a participar dos procedimentos, com o objetivo de se tornarem melhores ultrassonografistas

Agência France-Presse
postado em 19/05/2015 22:47
Duas ex-estudantes universitárias estão processando uma faculdade de medicina da Flórida, alegando que elas foram forçados a passar por exames transvaginais frequentes durante o treinamento em sala de aula como parte de seus estudos.

A ação federal apresentada pelas mulheres não identificadas em Orlando acusa funcionários da Valencia College de tê-las forçado a se submeterem aos procedimentos com o risco de terem suas notas reduzidas.

Segundo o documento, os calouros do Programa de Diagnóstico Médico por Ultra-sonografia da faculdade eram incentivados a participar dos procedimentos, com o objetivo de se tornarem melhores ultrassonografistas.

"Valencia colocava estes testes com as sondas transvaginais como voluntários, mas na prática não eram", segundo o processo.

"Na verdade, a política estabelecida e difundida da Valência foi para amedrontar os alunos que não concordavam com as sondas invasivas e ameaçavam a situação acadêmica, bem como suas carreiras futuras".

Três réus foram nomeados na ação - Barbara Ball, diretora do programa de ultra-sonografia, Linda Shaheen, coordenadora do laboratório de análises clínicas e Maureen Bugnacki, técnica de laboratório do programa.

Em um comunicado, a escola se recusou a comentar especificamente sobre o caso, mas insistiu que "o uso de voluntários - incluindo colegas - para a formação em ultra-sonografia médica é uma prática comum a nível nacional".

O processo diz que as estudantes que levantaram o caso "passaram por estas sondas invasivas quase todas as semanas", mesmo que a faculdade dispusesse de simuladores anatomicamente corretos projetados especificamente para os alunos praticarem exames de ultra-sonografia.

A ação também alega que as alunas foram submetidas a observações sexualmente sugestivas feitas por Ball durante um teste.

"Ela supostamente se aproximou de uma estudante e afirmou que (ela) era ;sexy; e deveria ser uma acompanhante (prostituta). Elas acreditam que este tipo de comportamento levanta sérias dúvidas sobre a motivação de Ball para insistir nestas sessões de ultrassonografia vaginal forçada".

Em alguns casos, os alunos eram obrigados a "estimular sexualmente" as queixosas, a fim de facilitar a inserção da sonda, afirma o processo.

"As querelantes passaram por desconforto e constrangimento cada vez que tiveram que suportar estes exames de seus órgãos sexuais forçados", descreveu o documento.

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