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EUA admitem ter matado duas crianças em bombardeio na Síria em 2014

"Lamentamos estas mortes não intencionais", destacou, em um comunicado, o general americano James Terry, chefe do CJTF, comando que dirige os ataques aéreos da coalizão

Agência France-Presse
postado em 21/05/2015 19:02
Washington - As forças armadas americanas admitiram pela primeira vez a morte de civis nos bombardeios lançados no Iraque e na Síria, ao admitir que duas crianças morreram em um ataque em novembro de 2014, perto de Harem, na Síria, contra o grupo extremista Khorasan.

"Lamentamos estas mortes não intencionais", destacou, em um comunicado, o general americano James Terry, chefe do CJTF, comando que dirige os ataques aéreos da coalizão nestes dois países.

A investigação americana conclui que "os ataques aéreos dirigidos contra as instalações do grupo Khorasan, perto da cidade de Harem, provocaram provavelmente a morte de duas crianças não combatentes", destacou o comunicado.


Antes do ataque, as forças americanas fizeram "uma rigorosa avaliação" das infra-estruturas para as quais apontava e concluiu que o grupo as utilizava "unicamente com fins militares", acrescentou a nota.

Nesta avaliação, "não havia indício algum de que dentro estavam crianças", continuou. O ataque provocou também "ferimentos leves" em dois "adultos não combatentes" que moravam perto, acrescentou a fonte.

O ataque foi conduzido, seguindo as regras das forças armadas dos Estados Unidos e os princípios internacionais sobre conflitos armados, incluindo "a necessidade militar", "a humanidade" e "a proporcionalidade", também diz o comunicado.

É a primeira vez que as forças armadas americanas admitem ter causado vítimas civis nos bombardeios lançados na Síria e no Iraque contra o grupo Estado Islâmico e outros grupos extremistas.

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