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Otan: Estado Islâmico recruta no Afeganistão mas não é operacional no país

O general Campbell destacou que a ameaça também envolve o Paquistão, que segundo ele deveria unir forças ao Afeganistão para um combate conjunto ao EI

Cabul - Milicianos do Estado Islâmico (EI) estão recrutando novos integrantes no Afeganistão, especialmente entre alguns talibãs, mas o grupo ainda não tem capacidade operacional, afirmou o general americano, comandante da missão da Otan no país.

"Há recrutamento no Afeganistão, no Paquistão. Há dinheiro que passa por aqui e por lá, mas não observamos grandes quantias. E não observamos operação do EI (no Afeganistão)", disse o general Campbell. "Com o passar do tempo, no verão isto vai continuar crescendo se não pressionarmos", alertou.

O general fez as declarações em plena "temporada de combates" no Afeganistão entre os talibãs e as forças governamentais, a primeira sem a grande presença das forças internacionais, após 13 anos de conflito.

"Até o momento, não observamos operações como na Síria. Mas, com o tempo, isto é o que desejam fazer. Assim, temos que acabar com isto agora", disse.

O general Campbell destacou que a ameaça também envolve o Paquistão, que segundo ele deveria unir forças ao Afeganistão para um combate conjunto ao EI.



Cabul e Islamabad, que iniciaram uma aproximação diplomática desde a chegada ao poder do presidente afegão Ashraf Ghani em setembro, assinaram um memorando entre os serviços secretos para trocar informações e coordenar operações antiterroristas.

Ao comentar os novos integrantes do EI no Afeganistão, o general explicou que existe "uma parte de influência estrangeira", mas que se trata, sobretudo, de "talibãs que mudam de marca porque consideram uma forma de conseguir mais recursos e atenção". Segundo o americano, o EI pagaria o dobro do que pagam os talibãs.