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Ao menos 21 passageiros de dois ônibus são mortos a tiros no Paquistão

Os ônibus se dirigiam à cidade portuária de Karachi (sul) quando foram interceptados na região de Mastung, perto da cidade de Quetta, segundo um chefe da polícia local, Akbar Harifal

Agência France-Presse
postado em 30/05/2015 11:17
Ao menos 21 passageiros de dois ônibus morreram baleados na noite de sexta-feira no sudoeste do Paquistão, em um ataque lançado por homens armados não identificados, segundo um novo balanço divulgado neste sábado pelas autoridades.

Os ônibus se dirigiam à cidade portuária de Karachi (sul) quando foram interceptados na região de Mastung, perto da cidade de Quetta, segundo um chefe da polícia local, Akbar Harifal.

"O balanço é de 21 mortos", anunciou Harifal neste sábado.

As autoridades informaram em um primeiro momento sobre 19 mortos, mas um passageiro ferido faleceu no hospital durante a noite e outro corpo foi encontrado no local do tiroteio.

"Os criminosos obrigaram os ônibus a parar, tomaram mais de 20 passageiros como reféns e depois começaram a disparar, matando ao menos 19 pessoas", havia declarado na véspera um funcionário da província do Baluchistão.

As forças de segurança conseguiram recuperar e salvar cinco pessoas após o tiroteio.

Sarfaraz Bugti, ministro provincial do Interior, declarou à AFP que entre 15 e 20 homens armados, muitos deles com fuzis automáticos, estavam envolvidos no ataque. Os criminosos fugiram.

O ministro do Interior da província anunciou neste sábado que 500 homens, apoiados por quatro helicópteros, participavam de uma operação de busca.

"Dois terroristas foram abatidos e isolamos a zona das operações", acrescentou.

Em Quetta, 800 pessoas, entre elas parentes das vítimas, protestaram neste sábado diante da residência oficial do ministro provincial, segundo um jornalista da AFP.

O protesto se dispersou quando o ministro Abdul Malik Baloch prometeu a detenção dos criminosos e indenizações para as famílias das vítimas.

Nenhum grupo reivindicou até o momento a autoria do ataque.

Vários grupos separatistas realizam há anos uma guerrilha no Baluchistão, uma província também atingida pela violência islamita.

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