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Governo líbio em Trípoli pede mobilização geral contra Estado Islâmico

Este comunicado, lido pelo primeiro-ministro designado por este governo, pede a todas estas forças "para não deixarem nossa pátria tombar e a estarem prontas para defender a terra, a honra e a religião"

Agência France-Presse
postado em 31/05/2015 16:18
Trípoli - O governo líbio instalado em Trípoli convocou neste domingo uma "mobilização urgente" contra o grupo radical Estado Islâmico, depois que jihadistas reivindicaram um atentado suicida que matou membros de uma milícia aliada das autoridades.

O governo, não reconhecido pela comunidade internacional e apoiado pela coalizão de milícias de Fajr Libya (Alvorada Líbia), pediu, em um comunicado, a "oficiais e soldados do estado-maior do Exército líbio, a forças do ministério do Interior e de todos os serviços de segurança, assim como a revolucionários de [a brigada] 17 de Fevereiro em todas as cidades (...) uma mobilização urgente".

Este comunicado, lido pelo primeiro-ministro designado por este governo, pede a todas estas forças "para não deixarem nossa pátria tombar e a estarem prontas para defender a terra, a honra e a religião".

O apelo se seguiu a um atentado suicida, horas antes, que matou cinco membros das milícias Fajr Libya em um atentado suicida contra um posto de controle no oeste do país, reivindicado pelo braço líbio do EI, que declarou guerra às forças que controlam a capital.

O governo destacou, em seu comunicado, que "está determinado a combater o pensamento extremista (...) até a sua erradicação", e a "combater os ;takfiris; (em alusão aos extremistas sunitas)".

A Líbia mergulhou no caos após a queda do ditador Muammar Kadhafi, em 2011. As milícias fazem a lei no terreno, enquanto duas autoridades, cada uma dotada de um Parlamento e de um governo, disputam o poder.

O governo reconhecido pela comunidade internacional tem sede em Tobruk, no leste do país.

Aproveitando-se da instabilidade na Líbia, o EI, que se apoderou de vastos territórios na Síria e no Iraque, posicionou-se ano passado na Líbia, onde controla sobretudo trechos da região de Syrte, a leste de Trípoli.

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