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Promotora argentina nega adulteração de provas do caso de Alberto Nisman

"A cena realmente não foi contaminada. Foi devidamente preservada. Só estiveram presentes os funcionários da polícia científica e a médica legista", declarou a promotora Viviana Fein à rádio Voreterix FM

Agência France-Presse
postado em 01/06/2015 16:16
Buenos Aires - A justiça argentina preservou adequadamente o local da morte há quase cinco meses do promotor Alberto Nisman, que acusou a presidente Cristina Kirchner de acobertar o Irã no atentado à sede da Associação Mutual Israelense Argentina (AMIA) em 1994, ponderou nesta segunda-feira a promotora do caso.

"A cena realmente não foi contaminada. Foi devidamente preservada. Só estiveram presentes os funcionários da polícia científica e a médica legista", declarou a promotora Viviana Fein à rádio Voreterix FM.

[SAIBAMAIS]

A promotora foi questionada sobre a possível adulteração de provas, denunciada no domingo por um programa de televisão do Canal 13.O programa revelou trechos de um vídeo da polícia do procedimento na casa de Nisman, no qual se vê o que parece ser um perito limpando parte do sangue que manchava a pistola calibre 22 usada para disparar o tiro fatal.



"A arma não foi totalmente limpa, e foi utilizado papel higiênico. Logicamente, a arma precisava ser manipulada para descobrir o calibre e sua numeração", disse Fein.

Nisman foi encontrado morto em 18 de janeiro com um tiro na cabeça no banheiro de seu apartamento.O promotor investigava há uma década o atentado à sede da Associação Mutual Israelense Argentina (AMIA), que deixou 85 mortos e 300 feridos em 1994, em Buenos Aires.

Quatro dias antes de morrer, Nisman havia denunciado a presidente Cristina Kirchner e seu ministro das Relações Exteriores, Hector Timerman, de tentar encobrir ex-altos funcionários iranianos acusados de envolvimento no ataque à AMIA. A arma que matou o promotor, uma Bersa calibre 22, foi emprestada por um de seus colaboradores, Diego Lagomarsino, único acusado no caso.

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