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Americano detido no Iêmen é libertado e recebido por embaixador em Omã

No domingo, Washington anunciou que "vários" americanos estavam detidos no Iêmen. A imprensa americana falava em quatro americanos prisioneiros dos huthis

Agência France-Presse
postado em 01/06/2015 18:22

No domingo, Washington anunciou que

Sana - Um cidadão americano que havia sido detido no Iêmen, país devastado pela guerra, foi libertado nesta segunda-feira e enviado a Omã, onde foi recebido pelo embaixador dos Estados Unidos.

Um diplomata em Omã afirmou que as conversas entre americanos e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, visam estabelecer negociações para colocar um termo ao conflito, algo que a ONU tem encontrado dificuldade para fazer.

No domingo, Washington anunciou que


O departamento de Estado anunciou a libertação do americano, identificado como Casey Coombs, ressaltando que seu estado era "estável". "O embaixador americano (em Omã) o recebeu no aeroporto", afirmou, agradecendo "o sultão Qabous de Omã por sua ajuda".

[SAIBAMAIS]

A agência de notícias omani ONA informou sobre a chegada ao sultanato de um americano e um cingapuriano que haviam desaparecido no Iêmen.Nas fotos divulgadas pela ONA, é possível ver um homem apresentado pela agência como sendo o americano, deitado em uma maca debaixo de um lençol, com a cabeça imobilizada por um aparelho ortopédico, na pista do aeroporto de Mascate.

Nenhuma informação foi dada sobre o período de detenção no Iêmen de Coombs, nem sobre quem o sequestrou. No domingo, Washington anunciou que "vários" americanos estavam detidos no Iêmen. A imprensa americana falava em quatro americanos prisioneiros dos huthis.

Segundo o jornal Washington Post, um deles teria sido preso por causa de um visto expirado, e depois acusado pelos huthis de viajar nas zonas "sensíveis".



Uma francesa, Isabelle Prime, sequestrada em fevereiro na capital Sanaa, ainda está em cativeiro, segundo um vídeo divulgado online.

Omã, a única das seis monarquias do Golfo que não participou dos ataques perpetrados pela coalizão árabe liderada por Riade desde o final de março contra os huthis no Iêmen, tem boas relações com a Arábia Saudita sunita e o Irã xiita, dois rivais pesos pesados %u200B%u200Bna região.

Assumindo o papel de mediador, recebeu nesta segunda-feira as negociações entre os americanos e os rebeldes xiitas. Fontes diplomáticas confirmaram à AFP a realização de "discussões informais e discretas", negociações que o governo iemenita no exílio do presidente Abd Rabbo Mansour Hadi haviam pedido no domingo.

No domingo, Washington anunciou que


A assistente de John Kerry para o Oriente Médio, Anne Patterson, foi a Omã e à Arábia Saudita para se reunir com "uma variedade de interlocutores iemenitas e regionais", segundo o departamento de Estado, que se recusou a dar mais detalhes.

"Os americanos estão tentando aproximar os pontos de vista entre os huthis, os sauditas e o presidente Hadi, com a esperança de levá-los a baixar o nível de suas demandas", declarou um diplomata em Mascate.

A ONU teve que adiar a realização de uma conferência de paz prevista para 28 de maio em Genebra, pois Hadi exigia como pré-requisito que os rebeldes se retirassem de vastos territórios conquistados nos últimos meses, incluindo a capital Sanaa.

Os rebeldes xiitas, que ameaçam tomar o poder neste país pobre da península arábica, tomaram a capital Sanaa em janeiro e avançaram até o sul do país, até entrar em Áden, a grande cidade sulista, onde o presidente Abd Rabo Mansur Hadi se refugiou antes de fugir para a Arábia Saudita.

O conflito já deixou cerca de 2.000 mortos e 8 mil feridos, além de ter provocado o deslocamento forçado de mais de 545.000 pessoas, segundo a ONU.

Pelo menos oito civis morreram e 20 ficaram feridos nesta segunda-feira em explosões provocadas por ataques aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita contra depósitos de armas sob controle dos rebeldes xiitas perto de Sanaa.

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