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G7 ameaça Rússia com sanções mais duras por envolvimento na Ucrânia

Impasse nas negociações entre a Grécia e seus credores para socorrer este país também estava na pauta

Agência France-Presse
postado em 08/06/2015 13:58

Os países do G7 ameaçaram reforçar as sanções contra a Rússia por seu envolvimento no conflito na Ucrânia e se mobilizaram sobre o clima durante a reunião de cúpula dos sete países mais ricos do mundo, realizada na Alemanha.

Anfitriã da reunião no castelo de Elmau, na Baviera (sul da Alemanha), a chanceler alemã Angela Merkel também ressaltou que não resta muito tempo para alcançar um acordo entre a Grécia e seus credores da União Europeia e do FMI.

Os chefes de Estado dos países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e Japão) ressaltaram de forma unânime que as "sanções contra a Rússia devem estar claramente ligadas à aplicação integral dos acordos de Minsk e ao respeito da soberania da Ucrânia".


;Aumentar o custo para a Rússia;

"Estas sanções poderão ser retiradas quando a Rússia cumprir com seus compromissos", afirmaram em seu comunicado final.

"No entanto, estamos igualmente dispostos a tomar medidas restritivas adicionais para que a Rússia sofra mais consequências se suas ações tornarem isso necessário", acrescenta o texto.

A ameaça contra o presidente russo Vladimir Putin, excluído do grupo desde a anexação da Crimeia, no ano passado, ocorre em meio ao aumento da violência na Ucrânia.

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As autoridades de Kiev disseram nesta segunda-feira que enfrentam uma força de mais de 42.000 homens apoiados por meio milhão de tanques no leste deste país.

"O conflito no leste da Ucrânia só pode ter uma solução política com base nos acordos de Minsk", insistiu Angela Merkel.

Este conflito ofuscou em grande parte os assuntos que deveriam ser discutidos com prioridade neste segundo dia de reunião, o clima e a luta contra o terrorismo, na presença de seis chefes de Estado ou de Governo da África e do Oriente Médio, incluindo o nigeriano Muhammadu Buhari, seu colega tunisiano Beji Ca;d Essebsi e o primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi.

Os dirigentes do G7, unidos na "luta contra o terrorismo", expressaram solidariedade a esses três países, fortemente atingidos pelo extremismo.

Eles ressaltaram o apoio à coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque e insistiram na "determinação de derrotar este grupo terrorista e lutar contra a propagação de sua ideologia de ódio".

Preocupados com o caos na Líbia, onde o EI também está progredindo, convocaram as autoridades rivais a "tomar decisões políticas corajosas" para superar as divisões que mergulharam o país em uma guerra civil.

;Cada dia conta;
Sobre as negociações do clima, defenderam uma "diminuição importante das emissões mundiais dos gases que provocam o efeito estufa" e uma redução da dependência do carvão ao longo do século.

"No âmbito de uma resposta mundial", as sete principais economias do planeta querem reduzir de 40% a 70% até 2050 as emissões de gases de efeito estufa em relação às de 2010, e se comprometeram a fazer todo o possível para "conquistar uma economia mundial sóbria em carbono no longo prazo".

As formulações utilizadas, que abrem caminho ao fim da era fóssil, refletem compromissos ambiciosos e realistas, disse o presidente francês, François Hollande.

Os países europeus do G7 estavam de acordo em adotar um objetivo ambicioso para enviar um sinal à conferência sobre o clima de Paris, que será realizada em dezembro, e que está sendo preparada atualmente.

O presidente americano, Barack Obama, elogiou avanços em direção a "um acordo sólido" sobre o clima em Paris.

;Cada dia conta; para a Grécia
Além da Ucrânia, o impasse nas negociações entre a Grécia e seus credores para socorrer este país foi outro instigador da reunião em Elmau.

"Não nos resta muito tempo e, portanto, devemos trabalhar duro", disse Merkel ao fim do encontro.

"Todos os que estão ao redor da mesa desejam que a Grécia permaneça na zona do euro", completou, mas a mensagem para Atenas é que "a solidariedade dos europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) exige que a Grécia adote medidas e faça propostas".

De acordo com Barack Obama, "os gregos terão de fazer escolhas políticas difíceis" para chegar a um acordo para desbloquear os 7,2 bilhões de euros correspondentes à última parcela do resgate que Atenas, praticamente sem liquidez, precisa desesperadamente.

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