Agência France-Presse
postado em 09/06/2015 10:00
Cairo, Egito - Um tribunal egípcio confirmou nesta terça-feira a pena de morte imposta em abril a 11 pessoas pelos distúrbios que deixaram 74 mortos em um estádio de futebol em 2012 em Port Said. Entre os 72 acusados, 40 foram condenados a penas de entre um a 15 anos de prisão e 21 foram absolvidos, incluindo sete policiais. [SAIBAMAIS]A justiça culpa os condenados por participação, em fevereiro de 2012, nos distúrbios violentos após uma partida de futebol entre o clube de Port Said, o Al-Masry, e o Al-Ahly. Dois comandantes de polícia e dois dirigentes do Al-Masry foram condenados a cinco anos de prisão.
Depois de ouvir a opinião do mufti do Egito, a máxima autoridade religiosa do país, o tribunal decidiu confirmar a condenação à morte de 11 pessoas. Jovens torcedores extremistas participaram na revolta popular que derrubou o presidente Hosni Mubarak, no início de 2011.
O movimento contra Mubarak começou como um protesto contra os policiais, que eram acusados de violência, tortura e execuções extrajudiciais. Desde então, muitos suspeitam que a polícia não atua durante os confrontos entre torcedores por vingança. Os torcedores do Al-Masry e dos advogados dos acusados alegam que foi isto o que aconteceu no dia dos distúrbios.