Agência France-Presse
postado em 15/06/2015 09:27
Londres, Reino Unido - Os pais de um britânico de 17 anos que cometeu um atentado suicida no Iraque acusaram os líderes do grupo Estado Islâmico (EI) de serem "muito covardes para fazer o trabalho sujo". As autoridades acreditam que Talha Asmal viajou à Síria em abril com um amigo da mesma idade chamado Hassan Munshi. No sábado, o EI anunciou que ele era o motorista de um dos quatro veículos repletos de explosivos no atentado contra uma refinaria no norte do Iraque.[SAIBAMAIS]Seus pais, Ibrahim, de 42 anos, e Noorjaha, 38, afirmaram que o EI se aproveitou da "inocência e vulnerabilidade" do jovem. "Parece que Talha caiu sob a influência de indivíduos que se aproveitaram de sua inocência e vulnerabilidade ao ponto que, se as informações da imprensa estiverem corretas, os instrutores do Estado Islâmico e seus líderes, muito covardes para fazer o trabalho sujo, ordenaram que seguisse para a morte", afirmam em um comunicado. "Estamos destroçados e com o coração quebrado por esta tragédia inenarrável que nos afetou", completam.
Asmal e Munshi eram de Dewsbury, uma cidade do norte da Inglaterra, assim como Mohammad Sidique Khan, o líder dos quatro terroristas que em 7 de julho de 2005 cometeram os atentados contra os transportes públicos de Londres, que mataram 52 pessoas. O vereador da localidade Masood Ahmed, que conhecia Asmal, disse que nada permitia prever a radicalização. "Era um jovem muito tranquilo e afetuoso, nunca teve problemas com a polícia. Era um típico adolescente", disse Ahmed.
As autoridades calculam que centenas de britânicos se alistaram ao EI no Iraque e na Síria.