De 2011 até o ano passado, o número de refugiados no mundo cresceu 40% ; de 42,5 milhões para 59,5 milhões ; e a tendência segue de alta. O alerta foi feito pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), por meio do relatório Global trends: Forced displacement in 2014 (;Tendências globais: deslocamento forçado em 2014), em inglês). O documento aponta um número recorde de civis expulsos de suas próprias casas por guerras e pela perseguição política. Por dia, ao menos 42,5 mil pessoas se tornaram refugiadas, solicitantes de refúgio ou deslocadas internas; o que equivale a um aumento de quatro vezes em quatro anos. Entre 2013 e 2014, houve o registro de 8,3 milhões de novos refugiados, um recorde histórico. As estatísticas foram engrossas pelo surgimento de 15 conflitos nos últimos cinco anos.
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;Nós vemos inúmeros deslocamentos, tanto em caráter interno, quanto de refugiados. Essas pessoas não apresentam condições de serem repatriadas, pois a situação de segurança e de dignidade não lhes permite tomar a decisão voluntária de retornar aos seus lares;, explicou ao Correio Andrés Ramirez, representante do Acnur no Brasil. De acordo com ele, uma parte fundamental do expressivo aumento se deve à crise na Síria. ;Pela primeira vez em 30 anos, a principal nacionalidade de refugiados no mundo é síria (3,88 milhões). Até o ano passado, os afegãos figuravam nessa posição;, acrescentou. Ele lembra que o tema possui raiz política e demanda esforços na negociação de acordos. ;Estamos trabalhando fortemente para ajudar a mitigar o impacto humanitário dos conflitos, mas isso é algo paliativo. Os governos de nações desenvolvidas precisam de uma política migratória menos restritiva.;
Ouça a entrevista com Andrés Ramirez:
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