Agência France-Presse
postado em 23/06/2015 10:14
Santiago, Chile - A capital chilena enfrentou nesta segunda-feira (22/6) sua primeira "emergência ambiental" em 16 anos, devido aos altos índices de poluição, uma medida que paralisou 40% do parque automotivo de Santiago, informou a administração municipal. A emergência ambiental é a medida máxima de alerta que a legislação chilena contempla contra altos níveis de poluição aérea.A medida, a primeira tomada desde 1999, paralisou 40% do parque automotivo de Santiago e 924 fábricas e outras fontes fixas de poluição da capital chilena, que tem 6,7 milhões de habitantes. Houve recomendação para a suspensão das aulas de educação física em todos os colégios de Santiago e as autoridades decretaram vias exclusivas de transporte público, entre outras medidas. Várias escolas particulares de Santiago simplesmente não funcionaram diante da situação, que deve persistir pelos próximos três dias devido à falta de ventos e chuva.
Com a chegada da noite, as autoridades decidiram reduzir o nível de alerta para "pré-emergência ambiental", o que implica na paralisação de 20% dos veículos em circulação por Santiago e de cerca de 700 fontes contaminantes. Espremida entre várias montanhas, a capital chilena tem uma localização geográfica que atenta contra seus níveis de ventilação, ao que se soma, nos últimos dias, a pouca chuva e temperaturas elevadas para a época.
Os altos níveis de poluição são registrados em Santiago enquanto o Chile recebe a Copa América, que tem a capital como uma de suas principais sedes. No domingo, com índices de contaminação ambiental críticos, disputou-se em Santiago o confronto entre Brasil e Venezuela. Não há jogos previstos para segunda e terça-feira, mas a maioria das seleções que participam do torneio estão concentradas na cidade. No entanto, por determinação da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), nenhum jogo do torneio pode ser suspenso por este motivo.