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Epidemia de cólera deixa ao menos 18 pessoas mortas no Sudão do Sul

O avanço da doença começou nos campos lotados da ONU na capital, Juba, onde milhares de pessoas buscaram refúgio desde o início da guerra civil

Agência France-Presse
postado em 23/06/2015 10:30
Juba, Sudão do Sul - Uma epidemia de cólera deixou pelo menos 18 mortos desde o início de junho no Sudão do Sul, que sofre há um ano e meio com uma guerra civil, anunciou o ministério da Saúde. A epidemia começou nos campos lotados da ONU na capital, Juba, onde milhares de pessoas buscaram refúgio desde o início da guerra civil, afirmou o ministro Riek Gai Kok. Outros casos foram detectados fora da cidade.

[SAIBAMAIS]Pelo menos 167 pessoas morreram entre mais 6.400 casos detectados em uma epidemia no ano passado, mas o problema foi contido. "Os exames de laboratório confirmaram que há uma epidemia de cólera", disse Riek Gai Kok, antes de assegurar que o governo está melhor preparado para lidar com o problema.

Conter a epidemia de cólera - transmitida através da água potável ou de alimentos contaminados - representará um novo desafio para o governo e as agências de cooperação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e as ONGs organizam uma campanha de vacinação para mais de 100.000 pessoas, segundo o ministério da Saúde.



Desde o início da guerra civil em dezembro de 2013, mais de dois milhões de pessoas fugiram de suas casas e mais de 137 mil civis vivem atualmente nos campos da ONU. Dois terços da população de 12 milhões de pessoas precisam de ajuda, segundo a ONU. A guerra civil começou quando o presidente Salva Kiir acusou o ex-vice-presidente Riek Machar de planejar um golpe, o que provocou uma onda de violência étnica.

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