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Atentado em usina de gás na França deixa uma pessoa morta e vários feridos

A cabeça de um homem decapitado, coberta com inscrições em árabe, foi encontrada pendurada em uma grade. Três pessoas foram presas suspeitas do ataque

Saint-Quentin-Fallavier, França - Uma pessoa foi decapitada e outras duas ficaram feridas em um atentado terrorista cometido nesta sexta-feira (26/6) em uma fábrica de gás perto da cidade francesa de Lyon (centro-leste) e as forças de ordem detiveram o suposto autor, sua esposa e um segundo suspeito. De acordo com uma fonte próxima à investigação, a vítima da decapitação foi identificada como um empresário dos arredores de Lyon e, segundo os primeiros elementos, a empresa de transporte deste homem, que teria cerca de 45 anos, possuía uma autorização para entrar nas instalações da fábrica.



A Alemanha e a Espanha reagiram ao ataque, classificando-o de abominável e pedindo a unidade dos democratas diante da barbárie. "Condeno firmemente o atentado cometido em Lyon. A barbárie terá sempre a sua frente a união dos democratas. Espanha com a França", escreveu o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, no Twitter. Já o ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que seu país permanecerá unido à frança contra o "ódio cego do terrorismo" e em defesa da sociedade livre.

Hollande, por sua vez, conversou com o presidente tunisiano, Béji Ca;d Essebsi, e os dois expressaram "solidariedade frente ao terrorismo", uma vez que a Tunísia também foi palco nesta sexta-feira de um atentado que deixou 27 mortos. Durante uma conversa telefônica, "os dois presidentes expressaram um ao outro sua solidariedade e intenção de prosseguir e intensificar a cooperação na luta contra o terrorismo".

O atentado desta sexta-feira ocorreu quase seis meses após três jihadistas atacarem a sede da revista satírica Charlie Hebdo, um supermercado kasher e policiais da cidade, deixando 17 mortos em Paris entre 7 e 9 de janeiro. Desde então, o governo colocou em andamento um drástico plano de vigilância antiterrorista e o ministro do Interior repetiu em várias ocasiões que a ameaça na França continuava sendo muito elevada.