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Sobe para 37 o número de mortos em atentado na Tunísia

Estudante sem ficha criminal foi o responsável pela tragédia


Ao menos 37 pessoas morreram quando um homem abriu fogo contra hóspedes de um hotel em Sousse, balneário no leste da Tunísia, na manhã desta sexta-feira (26/6). Este foi o pior atentado da história recente do país.

Segundo o secretário de Estado para questões de segurança, Rafik Chelly, o autor do ataque seria "um tunisiano, originário da região de Kairouan (centro da Tunísia) e seria um estudante que não tinha ficha na polícia". De acordo com o porta-voz do ministério do Interior, Mohamed Ali Aroui, o estudante "entrou por uma entrada na parte de trás do hotel antes de abrir fogo".

Em comunicado, o hotel afirmou que aproximadamente 665 pessoas estavam no estabelecimento. "Os clientes são majoritariamente do Reino Unido e da Europa central", completou. Segundo uma autoridade tunisiana, uma irlandesa estaria entre os mortos.

O hotel atacado foi o Marhaba, localizado na zona turística de Port el Kantaoui, nos arredores da cidade de Sousse.

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[SAIBAMAIS]"Foi um ataque terrorista contra o hotel Marhaba. O agressor foi abatido, mas podem haver outros. Se havia outros elementos com ele não podemos nem confirmar não descartar", afirmou Aroui à televisão estatal.

A Tunísia já havia expressado temores quanto a atentados com a aproximação da alta temporada turística e anunciou medidas de segurança reforçadas.

Também acontece no mesmo dia de dois outros ataques ligados ao movimento jihadista, um contra uma mesquita xiita no Kuwait, e outro na França, onde um homem foi decapitado.

Em função desse cenário, presidente tunisiano Beji Caid Essebsi, que visitou o local da tragédia, afirmou que a Tunísia não tem como enfrentar sozinha a ameaça jihadista, e por isso é necessária uma "estratégia global".

"Percebemos que a Tunísia enfrenta agora um movimento internacional. Ela não pode responder sozinha a isso. Como prova, no mesmo dia, ao mesmo tempo, a França foi alvo de uma tal operação, o Kuwait também. Isso prova a necessidade de uma estratégia abrangente e que todos os países democráticos devem agora unir forças", declarou.