Washington, Estados Unidos - Como fez há sete anos, a Suprema Corte dos Estados Unidos declarou nesta segunda-feira que é constitucional o uso da injeção letal como método de execução.
O uso da injeção letal foi questionado em vários casos em que a execução foi longa e dolorosa.
Dos nove juízes, cinco afirmaram que as queixas de condenados à morte em Oklahoma não demonstraram "um risco substancial de sofrimento" no caso da utilização de midazolam, um ansiolítico, para executar um prisioneiro, por isso consideraram este método de acordo com a oitava emenda, que proíbe os sofrimentos "cruéis e inabituais".
"Os presos não identificaram um método de execução disponível e alternativo que implique um significativo risco menor de sofrimento", afirmou o juiz Samuel Alito ao ler a declaração final.
A Corte se centrou na constitucionalidade do midazolam, um ansiolítico utilizado para deixar o condenado inconsciente antes da aplicação do produto letal.
Mas na audiência de 29 de abril, assim como na decisão desta segunda, o debate girou em torno da injeção letal no geral, aprovada há sete anos por esta mesma corte, e o futuro da pena capital nos Estados Unidos.
Dois juízes, Stephen Breyer e Ruth Ginsburg, afirmaram nesta segunda que já era hora de fazer uma pergunta básica: "É a própria pena de morte constitucional?".
Confirmando a grande controvérsia que cerca este tema, o juiz ultraconservador Antonin Scalia respondeu que "ao contrário do casamento gay, a pena de morte é aprovada pela Constituição".
Os estados dos Estados Unidos que aplicam a pena de morte vivem uma escassez na disponibilidade de barbitúricos para realizar as execuções e os substituíram por midazolam, que foi usado em várias execuções com suposto resultado de um sofrimento maior do executado.